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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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VAREJO

Operação visa gerar fundos para reduzir dívidas

Ahold sai da América Latina e põe à venda supermercados Bompreço

ADRIANA DÓRIA MATOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O grupo varejista holandês Royal Ahold anunciou ontem, em Recife, que venderá suas operações da América Latina, onde atua no Brasil, na Argentina, no Chile, no Peru e no Paraguai.
Terceiro maior grupo do setor varejista mundial, o Royal Ahold abriu o processo de venda das empresas brasileiras Bompreço, G. Barbosa e Hipercard, sediadas em Pernambuco, Sergipe e Bahia. A notícia foi dada pelo diretor de relações institucionais do grupo Bompreço, Raymundo Almeida.
Segundo ele, não há propostas concretas, mas algumas empresas demonstram interesse na compra. O valor do patrimônio não foi divulgado "para não afetar as negociações".
O grupo Royal Ahold afirma que vai vender os ativos com o objetivo de gerar fundos para reduzir dívidas bancárias.
A crise financeira vivida pelo grupo foi deflagrada em fevereiro deste ano, quando o Royal Ahold divulgou que os balanços do grupo de 2001 e 2002 haviam sido "inflados" em US$ 500 milhões. A fraude foi atribuída à sua subsidiária norte-americana U.S. Foodservice.
O contrato inicial no Brasil foi uma joint venture com o grupo Bompreço -a principal cadeia de supermercados do Nordeste e a quarta maior empresa do setor no país.
Em 2000, o grupo assumiu o controle acionário das 119 lojas do Bompreço. No pacote, estava incluída a administradora de cartão de crédito HiperCard, com 2 milhões de clientes cadastrados. Em 2001, o grupo holandês comprou as 32 lojas da cadeia G. Barbosa.


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