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VAREJO
Operação visa gerar fundos para reduzir dívidas
Ahold sai da América Latina e põe à venda supermercados Bompreço
ADRIANA DÓRIA MATOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O grupo varejista holandês Royal Ahold anunciou ontem, em
Recife, que venderá suas operações da América Latina, onde
atua no Brasil, na Argentina, no
Chile, no Peru e no Paraguai.
Terceiro maior grupo do setor
varejista mundial, o Royal Ahold
abriu o processo de venda das
empresas brasileiras Bompreço,
G. Barbosa e Hipercard, sediadas
em Pernambuco, Sergipe e Bahia.
A notícia foi dada pelo diretor de
relações institucionais do grupo
Bompreço, Raymundo Almeida.
Segundo ele, não há propostas
concretas, mas algumas empresas
demonstram interesse na compra. O valor do patrimônio não
foi divulgado "para não afetar as
negociações".
O grupo Royal Ahold afirma
que vai vender os ativos com o
objetivo de gerar fundos para reduzir dívidas bancárias.
A crise financeira vivida pelo
grupo foi deflagrada em fevereiro
deste ano, quando o Royal Ahold
divulgou que os balanços do grupo de 2001 e 2002 haviam sido
"inflados" em US$ 500 milhões. A
fraude foi atribuída à sua subsidiária norte-americana U.S.
Foodservice.
O contrato inicial no Brasil foi
uma joint venture com o grupo
Bompreço -a principal cadeia
de supermercados do Nordeste e
a quarta maior empresa do setor
no país.
Em 2000, o grupo assumiu o
controle acionário das 119 lojas do
Bompreço. No pacote, estava incluída a administradora de cartão
de crédito HiperCard, com 2 milhões de clientes cadastrados. Em
2001, o grupo holandês comprou
as 32 lojas da cadeia G. Barbosa.
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