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MERCADO FINANCEIRO
Com alta de 1,13%, Bolsa sobe pelo 3º dia consecutivo e alcança o maior patamar desde 14 de janeiro
Bovespa retoma o nível dos 12 mil pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ibovespa fechou em alta pelo
terceiro dia consecutivo e alcançou o nível mais alto desde 14 de
janeiro. O índice subiu ontem
1,13% e fechou aos 12.006 pontos.
Além da alta dos preços de
ações, o volume de R$ 902,2 milhões, maior que a média dos últimos meses, foi comemorado pelos analistas. Segundo eles, o
anúncio de que o saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa
em março foi positivo em R$ 460
milhões deve direcionar os investidores domésticos para o mercado de capitais.
Pelo menos por enquanto, os
operadores esperam que os próximos pregões devam apresentar
volatilidade, mas com a continuidade da atual tendência de valorização das ações.
Para eles, as ações que podem
sofrer as maiores alterações de
preço são as que mais oscilaram
nos últimos meses devido à valorização do dólar. Dessa forma, se
a cotação da moeda continuar a
cair, eles acreditam que as empresas exportadoras tendem a subir
menos e as instituições com alto
grau de endividamento em moeda estrangeira podem se valorizar
mais rapidamente.
A maior incerteza por enquanto
está nas ações das empresas do setor elétrico. Dos sete principais
índices da Bovespa, o que agrega
as elétricas é o único que por enquanto permanece com rentabilidade negativa em 2003.
Para os analistas, as dívidas dessas empresas e as incertezas referentes ao setor são os principais
entraves para uma valorização
das ações.
Juros
A divulgação ontem do IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas) fez aumentar a crença entre os investidores de que a Selic (taxa básica
de juros) deva cair nos próximos
meses. De acordo com a Fipe, a
inflação no município de São
Paulo em março foi de 0,67%, o
mesmo patamar de julho do ano
passado.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os juros dos contratos DI (juro interbancário)
com vencimento em julho, os
mais negociados, caíram 1,3%, de
26,36% para 26,02% ao ano. Os
com vencimento em outubro fecharam em baixa de 2,4% em relação ao dia anterior.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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