DO "AGORA"

No primeiro dia de suspensão de pagamento dos aposentados que não fizeram o recadastramento do INSS, menos de 5% deles foram aos bancos para fazer o censo e reativar o benefício.
O dado tem como base os levantamentos do Banco do Brasil, que é a instituição com o maior número de recadastrados, e do Itaú.
Quase 81 mil segurados no país que foram convocados para o censo em outubro do ano passado tiveram suspensos os benefícios que seriam pagos neste mês. Do total, 24.314 recebiam pelo Banco do Brasil. Apenas 1.112 (4,57%) apareceram ontem para atualizar os dados e receber o dinheiro. Responsável por 3.679 benefícios cancelados, o Itaú recebeu só 156 segurados que, com a suspensão, tiveram de fazer o censo.
Na última quinta-feira, o ministro da Previdência Social, Nelson Machado, afirmou que a maioria dos 80.989 benefícios suspensos é de pagamentos indevidos.
O ministério trabalha com a expectativa de que 10% dos 2,4 milhões convocados na primeira fase do recadastramento, ou seja 240 mil, possam perder o benefício devido a fraudes.
Hoje recebe aposentadoria ou pensão quem tem benefícios com finais 2 e 7. Uma parte desses segurados também deve descobrir que o dinheiro está suspenso por conta da falta do censo. Eles tiveram desde outubro do ano passado e até 24 de fevereiro para atualizar os dados. Segundo o Ministério da Previdência, quem teve o dinheiro bloqueado tem até junho para recuperá-lo nas agências bancárias. Basta levar CPF e um documento de identificação para se recadastrar.
O INSS trabalha com a data de 13 deste mês para soltar a próxima lista de benefícios suspensos. Dessa vez, são aposentados que, convocados para o censo em novembro, não atualizaram seus dados.
No final deste mês termina o prazo para o recadastramento de quem foi chamado em dezembro. Se eles não fizerem o censo, devem ter o pagamento da aposentadoria suspenso em junho.
Pelo calendário do INSS, ontem começou a segunda etapa do censo. Cerca de 14,7 milhões de aposentados foram chamados no mês passado, na hora em que receberam o benefício, para a atualização de dados. Ontem, já poderia se recadastrar quem tem benefício com final 1.

Reajuste de 6%
O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas informou que aceita negociar com o governo, em reunião amanhã, um reajuste de 6% para os benefícios do INSS acima do salário mínimo.
"É uma proposta razoável, que está dentro do que pensamos", disse ontem o presidente da entidade, João Batista Inocentini.
O índice não foi confirmado pelo governo, mas é estudado pelo Ministério da Previdência Social.


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