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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Petrobras oferece US$ 1 bi e deve ganhar leilão da Esso
A Petrobras praticamente fechou a compra da rede de 1.800
postos da Esso no Brasil por
uma oferta de cerca de US$ 1 bilhão, 30% a mais do que o segundo colocado.
O resultado ainda não foi divulgado oficialmente, mas os
interessados no negócio já foram informados, há poucos
dias, da decisão. Procurada pela
Folha, a Petrobras preferiu
não se pronunciar.
A Petrobras, por meio da BR,
já é líder no mercado de distribuição de derivados de petróleo, com uma participação total
de 33%. Como a Esso possui
cerca de 8% desse mercado, a
Petrobras passaria a ter uma
participação superior a 40% na
distribuição de combustíveis.
Para evitar problemas com o
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Petrobras está, ao mesmo tempo,
transferindo para a distribuidora brasileira Alesat alguns
postos da Esso nas regiões Norte e Nordeste.
Nesses locais, a Petrobras
poderia ficar com uma participação acima de 50% nesse
mercado, o que seria rejeitado
pelo Cade. Depois da compra
da Ipiranga, a Petrobras ampliou bastante sua presença no
Norte e Nordeste.
O fato é que, nunca na história da Petrobras, nem no período do regime autoritário no
país, a estatal teve uma participação tão substancial no mercado de derivados de petróleo.
Em Brasília, a oposição já começa a se mobilizar para contestar o negócio. As comissões
de Minas e Energia e de Defesa
do Consumidor pretendem
convocar a Petrobras para explicar a operação.
Há muitas críticas em relação ao negócio. O especialista
Adriano Pires, diretor do CBIE
(Centro Brasileiro de Infra-Estrutura), diz, por exemplo, que
a Petrobras deveria concentrar
seus recursos na exploração e
produção de petróleo, principalmente depois da megadescoberta de Tupi e de outras reservas na chamada camada pré-sal, o que vai exigir uma
grande soma de investimentos.
INVESTIMENTO
A Parmalat começa neste semestre a construir sua 14ª fábrica, que, a partir de 2009, vai produzir leite em pó para
exportação. O investimento previsto é de R$ 32 milhões. A
capacidade de produção deve ser de 600 mil litros ao dia. "A
Parmalat quer se posicionar como um player global. Em dois
anos, a produção mundial de leite deve passar dos atuais 427
milhões de toneladas/ano para 665 milhões de toneladas/ano . A tendência é que os países emergentes respondam por
50% dessa demanda adicional", diz Marcus Elias, presidente
do Conselho de Administração. Os Estados de Minas Gerais
e Rio Grande do Sul negociam com a Parmalat para sediar o
novo empreendimento da empresa.
Vivo e Claro propõem tarifa zero a governo
Vivo e Claro estão disputando corpo a corpo a concorrência pública que o governo de São Paulo realiza
para a contratação de 6.000
linhas de telefone móvel. As
empresas oferecem tarifa zero para ligações locais.
O pregão virtual começou
na segunda-feira e teve 320
rodadas. A Secretaria de Gestão do Estado estuda qual vai
ser o critério de desempate
para fechar o negócio. "Existe até a chance de ser por sorteio", afirma o secretário de
Gestão, Sidney Beraldo.
Atualmente, o governo estadual paga R$ 0,28 por minuto na telefonia móvel. Beraldo afirma que, com a oferta das empresas, o Estado espera economizar R$ 5 millhões com as ligações locais.
A telefonia fixa também
será alvo de concorrência como parte do "programa de
qualidade de despesas corporativas" do governo. O governo também deve fazer o
pregão para passagens aéreas e combustível.
Rio de Janeiro
A Secretaria de Estado da
Casa Civil do Rio de Janeiro
acaba de concluir o pregão
para contratar serviço integrado de telefonia fixa e móvel. Em 2007, o gasto foi de
R$ 73 milhões com o serviço.
A estimativa é que haja redução de 88%, com R$ 8,994
milhões. A vencedora do pregão foi a Oi/Telemar, na disputa com a Embratel/ Claro.
NO PUFE
A FOM, que fabrica e vende acessórios como pufes e almofadas, inicia a comercialização de franquias e planeja chegar a 50 lojas no país em dois anos. A grife inaugura
nesta semana a oitava loja própria, no shopping Iguatemi.
A estratégia da empresa é investir em quiosques de shoppings e, na unidade do Iguatemi, vai apostar em acessórios "premium", feitos com materiais nobres. A FOM fabrica seus produtos com matéria-prima nacional. O faturamento da empresa dobrou nos últimos 12 meses.
RETA FINAL
Ricardo Knoepfelmacher,
presidente da Brasil Telecom, já bateu o martelo. Ele
decidiu voltar mesmo para a
Angra Partners, gestora de
recursos dos fundos de pensão, depois de concretizada a
operação de compra da BrT
pela Oi. Luiz Eduardo Falco,
que preside a Oi, ficará à
frente da tele. A assinatura
da papelada formalizando o
negócio deverá ser feita na
próxima semana.
VOLANTE
As vendas de caminhões e
ônibus no 1º bimestre cresceram 32,35% ante o mesmo
período de 2007, segundo a
Fenabrave. De janeiro a fevereiro de 2007, foram vendidas 14.645 unidades, e,
neste bimestre, 19.383.
PESOS PESADOS
Jorge Gerdau (Gerdau),
Fábio Barbosa (Febraban),
Márcio Cypriano (Bradesco), Horacio Lafer Piva (Klabin), Armando Monteiro
Neto (CNI), José Formoso
(Embratel), Ivan Zurita
(Nestlé), Roberto Lima (Vivo), Edson Bueno (Amil) e
João Cox (Claro) participam
do "7º Fórum Empresarial",
do Lide (grupo de líderes
empresarias), dos dias 18 a
21, em Comandatuba. Na
pauta, a educação pública.
DE BRINQUEDO
A Estrela quer bater seu
recorde de lançamentos
neste ano, com 286 novos
produtos. Investiu R$ 5 milhões na criação da coleção
de brinquedos de 2008. Em
2007, foram lançados 245.
NA LATA
A Gomes da Costa espera
um crescimento de mil toneladas para 1.600 toneladas nas exportações de atum
e sardinha em conserva para
Angola, neste ano. Segundo
a empresa, o país africano é
um de seus principais mercados de exportação. A expectativa é que, neste ano,
20% do total exportado pela
empresa tenha como destino Angola.
À FRANCESA
Dez empresas francesas
de áreas da construção desembarcam em São Paulo, a
partir do dia 8, para apresentar trabalhos para lideranças
empresariais brasileiras, durante a Feira Internacional
da Construção. O encontro
será promovido pela parceria entre o Departamento da
Indústria da Construção, da
Fiesp, e a Missão Econômica
Francesa.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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