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Guerra de fornecedor
beneficia a banda B
da Sucursal do Rio
A guerra de mercado deflagrada
no Brasil pelos fornecedores mundiais de equipamentos de telecomunicações está favorecendo os
consórcios que vão explorar a telefonia celular privada (banda B).
O vice-presidente executivo do
grupo mineiro Algar, Gunnar Vikberg, afirmou ontem que o consórcio vai economizar US$ 350
milhões na instalação do celular
digital no Rio e Espírito Santo, em
função da queda de preços.
A guerra de preços começou nas
licitações da Telesp e Telerj para a
compra de equipamentos para telefonia celular digital. A NEC e a
Ericsson derrubaram as cotações.
O edital da Telesp previa gastar R$
620 milhões nos equipamentos. A
NEC propôs receber R$ 131 milhões. A partir desse fato, os fabricantes passaram a disputar o mercado palmo a palmo. Vikberg disse que os preços caíram 50% em
relação a abril de 97, quando o
consórcio Algar apresentou suas
propostas para a banda B.
Segundo ele, os fabricantes estão
não apenas financiando a venda
dos equipamentos em até dez
anos, como oferecendo empréstimo para capital de giro.
O consórcio Algar se transformou na empresa Telecomunicações ASQ. A letra A vem de Algar,
que tem 51% das ações. O S vem de
South Korea Mobile Telecom, que
tem 20% do capital, e o Q refere-se
à Construtora Queiroz Galvão,
que tem os outros 29%.
Vikberg negou que haja negociações para troca de sócios na empresa. Desde que o governo anunciou o resultado da licitação para o
Rio, circulavam informações de
que os coreanos iriam se afastar da
sociedade, em função da crise.
Gunnar Vikberg disse que foi a
presença da empresa coreana que
habilitou o consórcio para a licitação. O edital exigia que o candidato à banda B no Rio atendesse a
pelo menos 1,5 milhão de assinantes de celular. Os coreanos têm 3,1
milhões de assinantes em seu país.
Segundo Vikberg, o contrato de
concessão só permite a saída da
operadora coreana depois de cinco anos de operação. Min Y. Park,
vice-presidente da Korea Mobile
Telecom, confirmou a determinação do grupo de permanecer no
empreendimento.
(EL)
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