![]() São Paulo, domingo, 4 de maio de 1997. |
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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL S/A Custo ABCD ``O porto de Santos precisa ser mais eficiente e melhorar seus custos.'' A frase é de Luiz Marinho, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, da CUT, e coordenador da Câmara Setorial ABCD, que discute formas de desenvolvimento e criação de emprego na região. Pimenta nos olhos Perguntado sobre a exclusividade na contratação de mão-de-obra pelos sindicatos no porto de Santos, Marinho respondeu: ``Quando se fala em modernização, se fala em todos os aspectos''. Mandando chumbo Segundo Luiz Furlan, da Fiesp, ``a batalha na Codesp mostra o absurdo que é a exclusividade vitalícia de pequeno grupo de sindicalistas na contratação. Eles têm o poder até de invadir empresa para manter seus privilégios''. Com energia A Edison Mission Energy, da Edison Internacional, considera o Brasil uma verdadeira ``mina de ouro'' no setor elétrico. Somatória elétrica A Edison calcula que o Brasil precisa construir mais geradoras (o crescimento da demanda da próxima década é estimado em 50,6 mil megawatts) e vai privatiza usinas de 50 mil megawatts, que precisam de modernização. Moda de Salem Com o crescimento exponencial das escolas de inglês, as vendas típicas do Dia das Bruxas, como camisetas pretas, estão crescendo nos últimos anos, especialmente em São Paulo. Tanto que já passa a fazer parte do calendário promocional da Hering, junto com a volta às aulas, Dia dos Namorados, das Mães, dos Pais e do Natal. Detalhe importante Executivo de banco estrangeiro lembra que a redução do IOF para a entrada de recursos do exterior ajuda o processo de privatização. É que fica mais barato captar recursos no exterior. Batalha final Para José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica, o Real ``enfrenta a última batalha da estabilização''. Se vencer, a discussão econômica passará a ser o crescimento. Se perder, o país vai patinar. Para roer Neste mês, o governo divulga o orçamento dos ``esqueletos''. ``Esse é o esforço mais importante que estamos fazendo na área fiscal'', diz Mendonça de Barros, que completa: ``Os `esqueletos' são menores do que se imagina''. Segurando a dívida Segundo Mendonça de Barros, o país fecha o ano com a relação entre dívida interna líquida e PIB estabilizada no mesmo patamar de 96: 34,5%. ``O Estado passa a pressionar menos o mercado e possibilita o crescimento da taxa de poupança interna.'' Com vítimas ``Não há desindustrialização. Há uma reestruturação industrial em curso. É um processo, que vai fazer mortos e feridos, mas que irá permitir a retomada do crescimento sustentado'', diz Lídia Goldenstein, assessora do BNDES. Questão de tempo O governo aposta que a economia está se reestruturando: no curto prazo, faz explodir o déficit comercial e, no futuro, ajuda a construir o equilíbrio. ``O nosso problema é o timing'', diz Lídia. Na turbulência De um analista explicando o nervosismo do mercado com o déficit comercial: ``É óbvio que todo mundo está com medo. O avião está sacudindo''. Desarmando a pose Para Horácio Piva, da Fiesp, as mexidas no IOF sinalizam o quanto o governo está preocupado com a balança comercial. ``Eles não precisam mais perder tempo em dizer que não estão preocupados.'' Útil e agradável Para Eugênio Staub, da Gradiente, o estímulo à produção local de componentes por parte do governo, além de uma ``necessidade, é uma medida inteligente''. Escondendo o jogo Serão necessárias, diz Staub, ``cinco ou seis medidas'', além dos juros internacionais, para atrair os produtores de componentes. Não quis citar quais. ``Estamos negociando com o governo.'' E-mail:±painelsa@uol.com.br Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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