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Para Brasil, rigor
é ponto positivo
de Paris
O aumento do rigor sobre a aplicação dos programas de ajuda ao
setor industrial é positivo. Essa é a
avaliação do diretor-geral do Departamento de Economia do Itamaraty, José Alfredo Graça Lima.
``Toda forma de controle acaba
refletindo no uso de práticas que
tendem a deslocar os mercados ou
a afetar os preços no mercado interno'', disse Lima à Folha.
Segundo ele, a medida é positiva,
embora as ajudas ao setor industrial europeu não sejam uma preocupação específica do Brasil.
``É importante acelerar os compromissos do Gatt (Acordo Geral
de Tarifas e Comércio) para reduzir o volume de subsídios'', disse.
Lima afirmou que o Brasil chegou a ser prejudicado pela União
Européia por causa de subsídios
aplicados na agricultura.
Para Jório Dauster, chefe da Missão do Brasil junto à União Européia, a comissão tem sido eficiente
no sentido de coibir ajudas e subsídios abusivos.
``Além da comissão, há a OMC e
os Estados Unidos que funcionam
como fiscais informais.''
No início de abril, a Comissão
Européia condenou o plano de recuperação do setor têxtil do governo francês, que previa redução da
carga fiscal para empresas com
mais de 50 empregados.
A condenação resultou em negociação entre as duas partes.
A OMC considera regulares os
subsídios que visam criar condições de igualdade entre os parceiros comerciais.
Dessa maneira, as ajudas estatais
aplicadas no desenvolvimento tecnológico de um determinado setor, por exemplo, são aceitas.
O mesmo ocorre com os subsídios aplicados na recuperação de
um setor econômico que tenha
passado por dificuldade.
Entre os subsídios proibidos pela
OMC estão os que dependem do
resultado das exportações.
(MA)
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