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CUT chama o acordo de farsa e quer anulação
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da CUT, João Felício, criticou ontem a Força Sindical, chamou o acordo do FGTS de
"a maior farsa do mundo" e disse
que já estuda medidas jurídicas
para anular os termos de adesão
assinados e entregues ao governo.
"Desde o princípio a CUT vem
alertando os trabalhadores que o
acordo é desfavorável. A Força só
descobriu agora, depois de a Justiça favorecer os metalúrgicos de
São Paulo, que era melhor esperar
a Justiça do que abrir mão da correção? A central age de uma forma e orienta a base de outra? Isso
é má-fé", disse o sindicalista.
Em documento divulgado ontem, a central afirma ainda que "o
ex-ministro do Trabalho Francisco Dornelles gastou R$ 2,5 milhões em propaganda, usando inclusive presidentes de outras centrais como garotos-propaganda,
para tentar convencer os trabalhadores a aderirem ao acordo.
Chamaram-no de o maior acordo
do mundo. Para a CUT, ali se desencadeava a maior farsa do
mundo". A CUT se referia a propaganda em que os presidentes da
Força, Paulo Pereira da Silva, e da
SDS (Social Democracia Sindical), Enilson Simões, o Alemão,
orientavam os trabalhadores a assinarem o termo de adesão.
A CUT encaminhou ao seu departamento jurídico pedido para
estudar a possibilidade de anular
os termos de adesão assinados e
entregues ao governo.
"O grande debate é saber se
quem assinou o termo vai poder
recuar. Se os metalúrgicos de São
Paulo conseguirem, outros também poderão", disse. A CUT
orienta o trabalhador a abrir ação
na Justiça ou aguardar a conclusão de processos em andamento.
"O trabalhador pode preencher o
termo para receber as informações atualizadas, mas não deve assinar o documento", afirmou. Ele
também disse que espera que a
Força não cometa na reforma da
CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) o mesmo erro que cometeu na negociação para pagamento das perdas do FGTS.
(CR)
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