São Paulo, sábado, 04 de maio de 2002

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Euro e ouro ganham força com a fragilidade norte-americana

DA REDAÇÃO

O aumento do desemprego, que expôs a fragilidade da recuperação econômica dos Estados Unidos, fez o euro subir novamente ontem em comparação com o dólar. No mercado de Londres, o euro encerrou o dia a US$ 0,9139, a cotação mais alta desde o início de outubro do ano passado.
Pela primeira vez desde o começo de novembro, a moeda ultrapassou a marca de US$ 0,91. Em Nova York, a moeda utilizada por 12 países da União Européia foi cotada a US$ 0,9168.
Além de atingir a pior cotação dos últimos seis meses diante do euro, o dólar caiu à mais baixa marca em relação ao iene em dois meses e teve o pior preço ante a libra também em seis meses.
Logo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro, a moeda norte-americana perdeu um pouco de seu valor, com investidores procurando investimentos mais seguros. Nos meses seguintes, o dólar subiu, mas, agora, volta a cair. A explicação seria a debilidade econômica dos EUA.
Para analistas do mercado financeiro, parte dos investidores considera que a retomada dos EUA será lenta, por isso estariam procurando novos destinos para suas aplicações. Mas a reação de ontem teria sido exagerada, porque o aumento no desemprego, por um lado, pode significar ganho de produtividade (e maiores lucros) para as corporações.

Ouro dispara
Um investimento que vem chamando a atenção nos últimos dias é o ouro. O metal chegou a ser cotado ontem no maior valor dos últimos dois anos, antes de fechar a US$ 312,50 a onça.
Considerada uma aplicação segura, o ouro sai fortalecido com as incertezas econômicas e a tensão no Oriente Médio.


Com agências internacionais

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