|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RIQUEZA AMERICANA
Em abril, taxa subiu para 6%, a maior registrada em sete anos e meio; foram criadas 43 mil vagas
Desemprego nos EUA é o maior desde 94
DA REDAÇÃO
Apesar dos sinais de recuperação na atividade econômica, o desemprego voltou a subir nos Estados Unidos no mês passado. A taxa atingiu 6%, o maior nível registrado em sete anos e meio. No
mês anterior, o índice era de 5,7%.
Em 2000, antes do estouro da
"bolha" dos investimentos em
tecnologia, a taxa de desemprego
do país girava em torno de 4%. A
partir do começo do ano passado,
as companhias começaram a fechar postos, em decorrência sobretudo da diminuição na demanda por equipamentos de internet e de telecomunicações de
uma maneira geral.
O percentual de pessoas que estão à procura de trabalho não era
tão alto desde agosto de 1994, de
acordo com estatísticas divulgadas ontem pelo Departamento do
Trabalho norte-americano. A estimativa dos analistas era que haveria apenas uma ligeira alta, para
5,8%. Há um ano, o índice estava
em 4,5%.
Tanto a indústria como o setor
de serviços já registraram um aumento na atividade, depois da
freada do ano passado. Mas as
contratações ainda permanecem
em ritmo lento, o que se reflete na
taxa de desemprego.
Ainda assim, segundo o Departamento do Trabalho, em abril, o
saldo entre demissões e contratações ficou positivo pela primeira
vez nos últimos noves meses. Foram criadas 43 mil vagas. O ganho, no entanto, não foi suficiente
para absorver as 565 mil pessoas
que entraram no mercado de trabalho em abril.
Mas esses números podem ser
revisados. Em março, o Departamento do Trabalho havia informado que tinha ocorrido a criação de 58 mil postos, mas novas
contas indicaram uma contração
de 21 mil vagas.
"A atividade continua a se recuperar", disse Ken Mayland, diretor da consultoria Clear View.
"Mas, de uma maneira geral, as
companhias não farão contratações agressivas até que a economia mostre uma série de perspectivas positivas."
Economistas prevêem que o índice de pessoas sem trabalho continuará subindo nos próximos
dois ou três meses, podendo atingir 6,5%, uma taxa não vista desde
o início de 1994, antes de voltar a
cair novamente.
Juros na mesma
O elevado índice de pessoas sem
emprego afastou de uma vez a hipótese de que haja um aumento
na taxa de juros na próxima reunião dos conselheiros do Federal
Reserve (Banco Central dos
EUA), no próximo dia 7. No mercado futuro de títulos da dívida
pública norte-americana, a aposta unânime ontem era que os juros serão mantidos em 1,75% ao
ano, os menores em vigor desde a
década de 60.
Os analistas do mercado financeiro acreditavam que a primeira
elevação na taxa, depois dos 11
cortes do ano passado, ocorreria
antes da metade do ano. Mas agora poucos acham que a alta se materialize antes de agosto, por causa da instabilidade dos indicadores econômicos do país.
A divulgação do índice de desemprego também empurrou o
dólar para baixo. O euro atingiu a
maior cotação dos últimos seis
meses (leia abaixo).
Serviços perdem fôlego
O setor de serviços registrou o
terceiro mês consecutivo de expansão em abril, mas o ritmo na
atividade foi menor do que em
março. O relatório reforça a perspectiva de que o reaquecimento
dos EUA, que entraram em recessão em março do ano passado, será lento.
De acordo com o Instituto de
Gerenciamento de Fornecimento
(ISM, na sigla em inglês), o índice
de atividade para o setor de serviços ficou em 55,3 pontos no mês
passado. Como leituras acima de
50 pontos indicam expansão, o
setor cresceu no período.
Mas o ritmo da atividade, no entanto, recuou em relação a março,
quando o indicador tinha ficado
em 57,3 pontos.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Crise fará AL crescer pouco, diz Cepal Próximo Texto: Euro e ouro ganham força com a fragilidade norte-americana Índice
|