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São José se expande com exportação
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A melhora do cenário econômico para empresas exportadoras brasileiras a partir de 1999 pode ser considerada o
principal fator para o resultado
que levou São José dos Campos
(91 km a nordeste de São Paulo), na região do Vale do Paraíba, a juntar-se no ano de 2002
ao grupo dos nove municípios
responsáveis por um quarto de
tudo o que é produzido no país.
"Apesar da alta carga tributária, a indústria local está conseguindo sobressair. Se nossas
empresas estivessem voltadas
apenas para o mercado interno, não conseguiriam ter esse
nível de crescimento", disse o
diretor do Ciesp (Centro das
Indústrias do Estado de São
Paulo) em São José, José Cividanes.
Apenas entre 2003 e 2004, de
acordo com dados da prefeitura, o valor exportado pelas empresas de São José saltou de
US$ 3,081 bilhões para US$
4,724 bilhões, um crescimento
de 53,3%. O resultado do ano
passado colocou a cidade na segunda posição entre as exportadoras no país, perdendo apenas para São Paulo.
Segundo Cividanes, os setores automobilístico, petrolífero
e de transportes aéreos são os
que mais geram riqueza.
Nestes três setores, a cidade
conta com uma fábrica da General Motors, uma unidade de
refino da Petrobras e a Embraer. As três empresas geram
cerca de 15,8 mil empregos.
A riqueza leva o município de
539 mil habitantes a ter uma
das maiores rendas per capita
do país (US$ 10,7 mil).
O prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB), disse temer
que a divulgação de São José
provoque um processo de migração de trabalhadores semelhante ao verificado no ABC paulista e que derrube índices
de qualidade de vida.
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