São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2005

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São José se expande com exportação

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A melhora do cenário econômico para empresas exportadoras brasileiras a partir de 1999 pode ser considerada o principal fator para o resultado que levou São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), na região do Vale do Paraíba, a juntar-se no ano de 2002 ao grupo dos nove municípios responsáveis por um quarto de tudo o que é produzido no país.
"Apesar da alta carga tributária, a indústria local está conseguindo sobressair. Se nossas empresas estivessem voltadas apenas para o mercado interno, não conseguiriam ter esse nível de crescimento", disse o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São José, José Cividanes.
Apenas entre 2003 e 2004, de acordo com dados da prefeitura, o valor exportado pelas empresas de São José saltou de US$ 3,081 bilhões para US$ 4,724 bilhões, um crescimento de 53,3%. O resultado do ano passado colocou a cidade na segunda posição entre as exportadoras no país, perdendo apenas para São Paulo.
Segundo Cividanes, os setores automobilístico, petrolífero e de transportes aéreos são os que mais geram riqueza.
Nestes três setores, a cidade conta com uma fábrica da General Motors, uma unidade de refino da Petrobras e a Embraer. As três empresas geram cerca de 15,8 mil empregos.
A riqueza leva o município de 539 mil habitantes a ter uma das maiores rendas per capita do país (US$ 10,7 mil).
O prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB), disse temer que a divulgação de São José provoque um processo de migração de trabalhadores semelhante ao verificado no ABC paulista e que derrube índices de qualidade de vida.


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