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APOSENTADORIAS
Reajuste será pago no início de junho; assalariados e autônomos também pagarão mais à Previdência
Benefício acima do mínimo sobe até 6,35%
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os 8,6 milhões de aposentados e
pensionistas do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) que
recebem benefícios acima do salário mínimo terão reajuste de até
6,355% a partir deste mês (pagamento de 1º a 7 de junho). O índice equivale à inflação medida pelo
INPC entre maio do ano passado
e abril deste ano. Não haverá aumento real.
Para os segurados cujos benefícios são iguais ao salário mínimo,
a elevação das aposentadorias e
pensões de R$ 260 para R$ 300 representará aumento real de 8,5%.
Quem ganhava entre R$ 260 e R$
282,08 -e já estava aposentado
em maio de 2004- passará a receber R$ 300. Quem ganhava R$
282,09 ou mais receberá (e também já estava aposentado naquele
mês) terá reajuste de 6,355%.
Quem se aposentou de junho de
2004 a abril deste ano terá reajustes proporcionais (de 0,670 a
5,932%). Se com o reajuste o valor
ficar abaixo do mínimo, o aposentado passará a receber R$ 300.
A decisão de conceder reajustes
menores para os benefícios acima
do mínimo já se tornou uma tradição, que é atacada pelos aposentados por provocar o achatamento das aposentadorias e pensões.
As associações e sindicatos que
representam os aposentados realizaram manifestações em Brasília, há duas semanas, pedindo que
o governo concedesse aumento
real para os benefícios acima do
mínimo. O pedido foi negado.
Ganho de apenas 1,99%
Levantamento feito pela Previdência mostra que, de 1998
-quando o governo iniciou o
ajuste fiscal- a 2002, os benefícios acima do salário mínimo tiveram aumento real de 1,99%. Para as aposentadorias e pensões
equivalentes ao mínimo, o ganho
real foi de 25,4%.
Esse ganho real dos benefícios
acima do mínimo desde 1998 só
foi possível porque sempre há diferenças entre os índices de inflação projetados e os números verificados de fato. No período, não
houve uma política deliberada de
conceder aumentos reais a esses
benefícios.
Segundo cálculos do Ministério
da Previdência, o reajuste de
6,355% terá impacto de R$ 2,9 bilhões nas contas do INSS neste
ano. Já o aumento para quem recebe o salário mínimo significará
despesa adicional de R$ 4,2 bilhões em 2005.
Tabela de contribuição
Com os reajustes, também foram anunciadas ontem pelo INSS
as novas faixas para o recolhimento das contribuições para a
Previdência. Além disso, o teto
dos benefícios passa de R$
2.508,72 para R$ 2.668,15.
Para os trabalhadores com registro em carteira, a contribuição
mínima sobe dos atuais R$ 19,89
para R$ 22,95. A máxima passa de
R$ 275,96 para R$ 293,50.
No caso dos contribuintes individuais (autônomos, empregadores e facultativos), a contribuição
mínima sobe dos atuais R$ 52 para R$ 60; a máxima, de R$ 501,74
para R$ 533,63. O desconto será
feito nos salários pagos em junho
(assalariados). Os autônomos pagarão por carnê até 15 de junho.
Com o reajuste do mínimo,
também será reajustado o valor
do salário-família, que passará a
ser de R$ 21,27 para o segurado
com remuneração mensal de até
R$ 414,78; e de R$ 14,99 para o segurado que recebe entre R$ 414,78
e R$ 623,44 por mês.
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