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ÁGUIA EM TRANSE
Órgão reconhece pressão inflacionária
Fed mantém moderação e eleva os juros em mais 0,25 ponto, a 3%
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, banco
central dos Estados Unidos) aumentou ontem a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, para 3%, conforme era esperado pelo mercado, e admitiu que
há pressões inflacionárias. O órgão continua confiante, no entanto, em que possa controlar a inflação com aumentos pequenos na
taxa de juros.
A alta foi a oitava consecutiva
desde que o Fed começou a subir
a taxa, em junho do ano passado,
quando estava em 1%. A cada reunião, o aumento foi igual ao de
ontem.
O Federal Reserve também
manteve, no comunicado que divulga após a reunião, a declaração
de que a política monetária deve
continuar a ser conduzida em
"um ritmo que provavelmente será moderado", o que o mercado
interpreta como um sinal de que
as altas continuarão sendo de 0,25
ponto percentual.
O Fed disse também, em seu comunicado, que a política monetária, em conjunto com crescimento robusto da produtividade,
"continua dando sustentação à
atividade econômica". Mas o órgão admite que "dados recentes
sugerem que o ritmo sólido de
crescimento dos gastos diminuiu
um pouco, em parte em resposta
aos aumentos anteriores nos preços de energia".
A conjunção de pressões inflacionárias, que vêm aumentando,
com sinais de uma desaceleração
na economia deixa o Fed em posição difícil, porque o aumento da
taxa de juros pode restringir ainda mais o consumo e aprofundar
a desaceleração.
As Bolsas americanas subiram
um pouco ontem após a divulgação da decisão do Fed. Investidores ficaram aliviados com a declaração do órgão de que continuará
com os aumentos "moderados".
O índice Dow Jones, da Bolsa de
Nova York, fechou em alta de
0,05% e o Nasdaq subiu 0,23%.
Muitos economistas acreditam
que o Fed continuará aumentando as taxas em 0,25 ponto percentual pelo resto do ano até que os
juros cheguem a um ponto "neutro", em que não estimulem nem
limitem o crescimento econômico. Esse ponto deve ser de aproximadamente 4,25%, segundo economistas.
Encomendas
As encomendas das fábricas
norte-americanas tiveram alta de
0,1% em março, após dado revisado que mostra queda de 0,5% em
fevereiro, segundo o Departamento de Comércio. O crescimento das encomendas foi considerado fraco por analistas, mas
foi bem melhor do que a queda de
1,2% esperada pelo mercado.
As encomendas de bens duráveis, porém, tiveram queda, o que
alguns analistas interpretaram
como um sinal negativo, de que o
investimento das empresas pode
estar diminuindo.
Outros dados econômicos divulgados ontem foram considerados mais positivos. Os cortes de
empregos planejados caíram ao
menor nível em quatro anos em
abril e as vendas de redes de lojas
subiram na semana passada.
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