São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2005

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Concentração agrícola
Há claras evidências de uma concentração agrícola nos últimos anos. É o que mostra o PIB municipal divulgado ontem pelo IBGE. Em 99, 203 municípios agrícolas agregavam 25% do PIB do setor. Em 2002, os mesmos 25% estavam concentrados em apenas 165.

O peso da laranja
Das 14 cidades com maior valor adicionado da agropecuária no PIB em 2002, 10 são paulistas. Laranja e cana são as principais atividades nessas cidades. No setor de grãos, o destaque fica para Rio Verde (GO); no de frutas, para Petrolina (PE); no de pecuária, para São Félix do Xingu (PA); e na agroindústria, para Toledo (PR).

Os efeitos agrícolas 1
O IBGE mostra o impulso que a agropecuária deu às cidades dedicadas ao setor. Os destaques ficaram para as dedicadas à soja. Rio Verde (GO) atingiu PIB de R$ 1,44 bilhão em 2002, com elevação de 123% sobre o de 1999.

Os efeitos agrícolas 2
Nas cidades paulistas dominadas pela citricultura e pelo cultivo da cana, a evolução do PIB também foi forte. O PIB de Olímpia subiu para R$ 730 milhões -crescimento de 99% sobre o de 99. Já a pecuária elevou o PIB de São Félix do Xingu para R$ 423 milhões, 87% mais do que em 99.

Os efeitos agrícolas 3
A fruticultura também deu bom impulso ao PIB das cidades que se dedicaram a esse setor. Um dos exemplos é Baraúna (RN), que teve crescimento de 209%. Já as dedicadas ao café viveram o período difícil dos últimos anos. O PIB de Guaxupé (MG) cresceu apenas 11% no período analisado.

Menos soja
A Abiove (associação das indústrias do setor) revisou ontem para 50,8 milhões de toneladas a produção de soja deste ano. Com isso, o país deverá importar 400 mil toneladas (100% a mais do que a estimativa anterior) e exportar 19,1 milhões (menos 5%).

Em queda
Os preços pagos aos produtores paulistas caíram 2,03% no mês passado, registrando a maior queda mensal desde junho de 2003. Essa queda ocorre após forte aceleração em março, quando os preços chegaram a subir 5,1% na terceira quadrissemana do mês.

Muitas reduções
Os dados são do Instituto de Economia Agrícola, que mostrou que 14 dos 19 produtos pesquisados tiveram recuo de preços. Nelson Martin, coordenador da pesquisa, diz que a batata continua liderando as altas, com 46% no mês. A principal queda ficou para o tomate (28%).

Perigo na carne
Pecuaristas e frigoríficos encaminharam carta ontem ao governo alertando sobre os perigos que o setor corre com a queda dos recursos para a defesa sanitária animal. A carta foi encaminhada durante a abertura da Expozebu.

Lucros da AGCO
A queda na vendas de tratores e de colheitadeiras no Brasil derrubou os lucros da AGCO, segunda maior produtora de equipamentos agrícolas dos EUA. No primeiro trimestre, a empresa lucrou US$ 21,5 milhões, 14% menos do que em 2004, diz a Bloomberg.

E-mail: mzafalon@,folhasp.com.br

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