São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2005

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Lamy e Castillo criticam ação contra têxteis

DA REDAÇÃO

Os candidatos remanescentes a diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), o francês Pascal Lamy e o uruguaio Carlos Pérez del Castillo, disseram ontem ao jornal britânico "Financial Times", em entrevistas separadas, que os Estados Unidos e a União Européia não deveriam aplicar restrições emergenciais às importações de produtos têxteis chineses.
Os dois disseram ainda que os países ocidentais tiveram dez anos para se preparar para o fim das quotas mundiais para os produtos.
A França vem pedindo à UE que aja rapidamente para limitar as importações chinesas, mas Lamy disse: "Não é a lei da selva. As regras da OMC foram determinadas claramente".
"Por que alguns políticos não estão reconhecendo esse fato? Posso ver duas explicações: ou a memória deles é muito curta ou eles sabem perfeitamente e estão fingindo estar surpresos, o que francamente é um sinal de hipocrisia", disse Lamy.
Castillo também disse que era contrário a impor restrições às exportações chinesas.
Uma coalizão de 15 países em desenvolvimento, incluindo Bangladesh, Nepal e Camboja, faz lobby no Congresso dos EUA para que o país dê a eles preferências tarifárias na importação de têxteis.
Esses países aumentaram sua indústria têxtil durante a vigência das quotas e agora estão perdendo espaço.


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