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AGRICULTURA
Levantamento da Conab prevê queda pela terceira vez seguida, agora de 121,5 mi para 121,1 mi de toneladas
Governo reduz projeção de safra, de novo
FERNANDO ITOKAZU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O sexto levantamento da Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento) registrou nova queda na
estimativa da safra de grãos. Foi a
terceira vez consecutiva que o estudo resultou em projeção menor
do que a anterior.
A produção deve ser de 121,1
milhões de toneladas -a previsão era de 121,5 milhões em abril.
A queda acontece mesmo com a
manutenção da área plantada em
relação ao último levantamento,
de 47,1 milhões de hectares.
O presidente da Conab, Jacinto
Ferreira, disse que as condições
climáticas adversas, com estiagem na maioria dos Estados e excesso de chuvas no Centro-Oeste,
e a ferrugem asiática na soja foram as responsáveis pela queda.
"[A queda] não é significativa. A
safra já está praticamente consolidada. O clima deve ser favorável
nos próximos meses, mas sem
grandes alterações", afirmou.
Apesar disso, o resultado fica
abaixo do limite inferior (121,5
milhões de toneladas) do primeiro levantamento de intenção de
plantio, divulgado em outubro do
ano passado.
Em fevereiro, o governo trabalhava até com a perspectiva de colheita recorde de 124,4 milhões de
toneladas, mas teve de refazer
suas projeções por causa das condições climáticas.
Menos soja
A soja foi uma das culturas responsáveis pela queda na estimativa da colheita da Conab. A produção estimada caiu de 55,7 milhões
de toneladas em abril para 55,2
milhões, principalmente por causa da ferrugem asiática.
"É uma doença cara. A maioria
dos produtores resolve perder
parte da produção do que fazer o
tratamento", declarou Ferreira,
que também citou ganhos com o
milho safrinha, feijão e mamona.
Ele também comentou sobre as
manifestações de produtores rurais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em rodovias contra as
políticas econômica e agrícola do
governo.
Citou as medidas já anunciadas
de liberação de crédito para a comercialização e prorrogação das
dívidas dos produtores. E anunciou que o governo deve destinar
R$ 150 milhões para a compra de
grãos, principalmente arroz, feijão e milho, neste mês.
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