|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
No mercado interno, vendas estão aquecidas
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado interno está favorável às vendas de veículos novos. A
queda de 19,6% em abril na comparação com março, informada
ontem pela Fenabrave (Federação
Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), é atribuída
principalmente à diferença de
dias úteis entre os dois meses.
O principal problema enfrentado hoje pelas montadoras, segundo analistas do setor, são mesmo
as vendas externas, afetadas pela
taxa de câmbio pouco atrativa.
Isso faz com que as exportações
do Brasil percam competitividade
no mercado internacional.
"Tanto no Brasil como na Argentina a capacidade ociosa é
grande. Os custos na Argentina,
como mão-de-obra e alguns insumos, são 30% menores do que os
do Brasil. E o câmbio é mais favorável no país vizinho também",
exemplifica Richard Dubois, da
consultoria Trevisan.
Ele lembra que os países asiáticos também são mais competitivos que o Brasil. "Os contratos de
exportação estão vencendo neste
ano e não vão sendo renovados
por causa do câmbio", afirma o
consultor do setor André Beer.
No mercado interno, a avaliação é que o desempenho das vendas no primeiro trimestre superou as expectativas da indústria
automobilística. "Como este é um
ano eleitoral, com oferta de dinheiro para a economia em geral,
as vendas estão indo muito bem,
com alta do crédito e aumento da
renda", analisa Dubois.
Segundo informou ontem a Fenabrave, foram vendidos menos
veículos (automóveis, veículos
comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas)
em abril do que em março.
Isso é atribuído por analistas,
entretanto, ao fato de que abril teve cinco dias úteis a menos do que
março. A média diária de vendas
em março foi de 6.436 veículos,
ante 6.909 unidades em abril. "O
mercado interno está aquecido,
como mostram as vendas diárias", afirma Beer.
De acordo com os números divulgados pela Fenabrave, as vendas dos carros bicombustível (que
podem ser abastecidos com álcool
e gasolina) representaram 76,8%
do total.
Texto Anterior: Sindicato aprova plano contra cortes na Volks Próximo Texto: Alimentação: Escolas nos EUA não terão refrigerante Índice
|