São Paulo, segunda, 4 de maio de 1998

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BEBIDA IMPORTADA
A francesa Veuve Clicquot traz novos produtos destilados
Produtor de champanhe diversifica sua importação

SUZANA BARELLI
da Reportagem Local

Há menos de um ano com subsidiária no Brasil, a Veuve Clicquot, tradicional fabricante de champanhe, começa a diversificar sua linha de bebidas no país.
"A idéia é ter a maior gama de destilados sofisticados no Brasil", diz o francês Emmanuel Tisseyre, diretor-geral da Veuve Clicquot do Brasil.
A diversificação também se baseia em números. No ano passado, as vendas dos champanhes da marca cresceram 130% em relação a 1996. Para este ano, a previsão é de aumento de 30%.
O carro-chefe, o champanhe Veuve Clicquot Ponsardin, já comercializado no Brasil, é seguido agora pela La Grande Dame 1990 e pelos copos criados pelo artista Carlo Moretti, de Veneza.
La Grande Dame é um champanhe millésime (datado), que foi lançado há um mês na França e que chega ao Brasil com preço entre R$ 180 e R$ 200 a garrafa.
O conjunto de dois copos e uma La Grande Dame custa R$ 500 e tem edição limitada (das 1.500 unidades lançadas, 150 serão vendidas no Brasil).
Ainda neste ano, devem chegar ao país três conhaques da marca Hine, com preços entre R$ 80 (o Rare & Delicate) e R$ 400 (o Triomphe, envelhecimento por mais de 40 anos). A subsidiária francesa também estuda a importação de vinhos para o país.

História
Foi com a estabilização econômica e o aumento do consumo de vinhos que a Veuve Clicquot decidiu abrir escritório no país. Até então, o champanhe foi por muito tempo importado com exclusividade pela Gomez Carreira.
A diversificação do fabricante francês tem semelhanças com o processo seguido pela Chandon do Brasil, empresa que tem os champanhes Moët & Chandon e Dom Pérignon.
Além de produtos nacionais (como vinhos e espumantes), a Chandon importa champanhes e conhaques da matriz.
As duas subsidiárias francesas, apesar de brigarem pelo mesmo mercado, pertencem ao grupo francês LVMH (Louis Vuitton Moët Hennesy).
Consumo maior
Outro fator que tem agitado o mercado de champanhe e espumantes (como são conhecidos os champanhes produzidos fora da região de Champagne) é o crescimento do consumo da bebida.
"A idéia é que a bebida não seja consumida apenas em ocasiões festivas, mas também como aperitivo", diz José Osvaldo Amarante, diretor da importadora Mistral.
A Mistral, por exemplo, está trazendo para o Brasil o franciacorta Ca'del Bosco, com preços entre R$ 38 e R$ 86 a garrafa. O franciacorta é um tipo de vinho espumante produzido na região de Lombardia, na Itália.



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