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Investimentos deverão crescer 5,3% em 2004
DA SUCURSAL DO RIO
A taxa de investimentos, que é o
valor total das inversões como
proporção do valor do PIB, fechará neste ano em 19,7%, de acordo
com as projeções do Ipea divulgadas ontem, contra uma taxa de
18% registrada no ano passado.
A estimativa está baseada na
elevação do nível de investimentos, medidos pela formação bruta
de capital fixo (não leva em conta
os estoques) por três trimestres
consecutivos na comparação com
o trimestre anterior. Desde o terceiro trimestre de 2003, os investimentos já cresceram 9,8%.
Na comparação com o mesmo
trimestre do ano passado, o crescimento dos investimentos de janeiro a março deste ano foi de
2,2%, contra uma estimativa de
queda de 1% feita pelo Ipea. Mesmo assim, o órgão reduziu em um
ponto percentual (de 6,3% para
5,3%) a previsão de crescimento
dos investimentos para este ano.
De acordo com Paulo Levy, diretor do órgão, a redução deveu-se ao fato de o desempenho da
construção civil (a formação bruta de capital fixo é, basicamente, a
soma dos investimentos em máquinas e equipamentos e em
construção) ter sido inferior ao
que o Ipea estava esperando.
Ainda assim, a avaliação da
equipe do Ipea é que os investimentos e as exportações, pela ótica do consumo, são as duas pernas que estão dando o tom da retomada do crescimento -da
mesma forma que a indústria, cujo crescimento previsto para este
ano passou de 3,8% no boletim de
março para 4,3% no de junho, deverá comandar o crescimento pela ótica da oferta de produtos.
O aumento dos investimentos,
embora a taxa em relação ao PIB
ainda esteja longe dos 23% a 25%
considerados desejáveis, é visto
pelo Ipea como um dos aspectos
que indicam a sustentabilidade
do crescimento. "Em um processo de continuidade do crescimento, é natural que o consumo privado [consumo das famílias] vá
atrás, irrigado pelo crescimento
dos investimentos e do setor externo", disse Fabio Giambiagi, do
Grupo de Acompanhamento
Conjuntural do Ipea.
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