São Paulo, quinta, 4 de junho de 1998

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Premiê quer sair após crise

de Tóquio

O premiê da Malásia, Mahathir Mohamad, disse ontem que poderá largar o cargo que ocupa desde 1981 depois que o país resolver sua crise monetária.
"O importante é termos uma transição suave", disse ele em Tóquio, onde participa de um seminário sobre economia asiática.
Ao lado do ex-presidente da Indonésia, Suharto, o primeiro-ministro da Malásia se transformou no ano passado num dos personagens mais polêmicos durante o desenrolar da crise asiática.
Mahathir culpou os especuladores pelos problemas monetários enfrentados pela região e foi o único governante a rejeitar a ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional). Segundo Mahathir, o país só pode se recuperar se "nós tomarmos decisões sem interferências externas".
Aos 72 anos e com problemas de saúde, Mahathir tirou em 1997 dois meses de licença para descansar e nomeou na época seu ministro de Finanças, Anwar Ibrahim, para substituí-lo.
Jovem tecnocrata, Anwar fez sucesso junto à comunidade internacional, lançando campanha anticorrupção e sugerindo a revisão de leis que restringem a entrada de estrangeiros em negócios no país.
"O que faremos primeiro é resolver a crise e, se conseguirmos, não haverá problema em mudanças no governo", disse o premiê.



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