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Premiê quer
sair após crise
de Tóquio
O premiê da Malásia, Mahathir Mohamad, disse ontem que poderá largar o
cargo que ocupa desde 1981
depois que o país resolver
sua crise monetária.
"O importante é termos
uma transição suave", disse ele em Tóquio, onde participa de um seminário sobre economia asiática.
Ao lado do ex-presidente
da Indonésia, Suharto, o
primeiro-ministro da Malásia se transformou no ano
passado num dos personagens mais polêmicos durante o desenrolar da crise
asiática.
Mahathir culpou os especuladores pelos problemas
monetários enfrentados
pela região e foi o único governante a rejeitar a ajuda
do FMI (Fundo Monetário
Internacional). Segundo
Mahathir, o país só pode se
recuperar se "nós tomarmos decisões sem interferências externas".
Aos 72 anos e com problemas de saúde, Mahathir
tirou em 1997 dois meses de
licença para descansar e
nomeou na época seu ministro de Finanças, Anwar
Ibrahim, para substituí-lo.
Jovem tecnocrata, Anwar
fez sucesso junto à comunidade internacional, lançando campanha anticorrupção e sugerindo a revisão de
leis que restringem a entrada de estrangeiros em negócios no país.
"O que faremos primeiro
é resolver a crise e, se conseguirmos, não haverá problema em mudanças no governo", disse o premiê.
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