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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda norte-americana fecha a R$ 2,826, com alta de 0,28%; juros futuros recuam com deflação

BC muda regras e dólar tem pequena alta

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar reagiu timidamente às mudanças anunciadas pelo Banco Central na quarta-feira. Com modesta alta de 0,28%, a moeda encerrou o dia a R$ 2,826.
Na abertura dos negócios, o dólar sofreu pressão mais forte e chegou a ser vendido a R$ 2,846 (alta de 0,99%).
O BC mudou na última quarta-feira as regras no capital mínimo exigido das instituições financeiras para operarem no mercado de câmbio. Na prática, a medida abriu espaço para os bancos comprarem mais dólares.
Outra mudança realizada foi nas regras para rolagem da dívida pública cambial, que agora só pode ser feita, no máximo, em dois leilões.
"As medidas tiveram alguma influência nos negócios, mas não chegaram a sacudir o mercado. O BC vinha mostrando que não estava confortável com o dólar ameaçando ficar abaixo dos R$ 2,80", afirma Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
Com a deflação de 0,16% apresentada pelo IPC da Fipe ontem, os juros futuros recuaram mais um pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Aos investidores, um corte na taxa básica na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) já parece inevitável.
A taxa no contrato DI -juro interbancário- de prazo mais curto caiu para 25,28% anuais, apontando a crescente aposta de que o Copom poderá cortar os juros em cerca de 1 ponto percentual -atualmente a Selic está em 26% ao ano. No contrato de maior liquidez, com prazo em janeiro, a taxa fechou em 22,55%, contra 22,81% anuais do dia anterior.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve mais um pregão de fracos negócios. Ontem foram movimentados apenas R$ 422,8 milhões. Em junho, o giro médio diário ficou em de R$ 781,9 milhões.
O Ibovespa fechou ontem com recuo de 1,32%, voltando aos 13.134 pontos.
Os destaques negativos ficaram com os papéis Light ON (queda de 4%) e Embraer PN (baixa de 2,3%). A suspensão de uma encomenda de jatos da empresa aérea desagradou ao mercado.
O mês passado foi positivo no que se refere ao interesse dos estrangeiros pela Bolsa local. As compras de ações com capital estrangeiro superaram as vendas em R$ 549,5 milhões, melhor resultado mensal do ano.
(FABRICIO VIEIRA)


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