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MERCADO FINANCEIRO
Moeda norte-americana fecha a R$ 2,826, com alta de 0,28%; juros futuros recuam com deflação
BC muda regras e dólar tem pequena alta
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar reagiu timidamente às
mudanças anunciadas pelo Banco Central na quarta-feira. Com
modesta alta de 0,28%, a moeda
encerrou o dia a R$ 2,826.
Na abertura dos negócios, o dólar sofreu pressão mais forte e
chegou a ser vendido a R$ 2,846
(alta de 0,99%).
O BC mudou na última quarta-feira as regras no capital mínimo
exigido das instituições financeiras para operarem no mercado de
câmbio. Na prática, a medida
abriu espaço para os bancos comprarem mais dólares.
Outra mudança realizada foi
nas regras para rolagem da dívida
pública cambial, que agora só pode ser feita, no máximo, em dois
leilões.
"As medidas tiveram alguma
influência nos negócios, mas não
chegaram a sacudir o mercado. O
BC vinha mostrando que não estava confortável com o dólar
ameaçando ficar abaixo dos
R$ 2,80", afirma Miriam Tavares,
diretora da corretora AGK.
Com a deflação de 0,16% apresentada pelo IPC da Fipe ontem,
os juros futuros recuaram mais
um pouco na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros). Aos investidores, um corte na taxa básica na próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária) já
parece inevitável.
A taxa no contrato DI -juro interbancário- de prazo mais curto caiu para 25,28% anuais, apontando a crescente aposta de que o
Copom poderá cortar os juros em
cerca de 1 ponto percentual
-atualmente a Selic está em 26%
ao ano. No contrato de maior liquidez, com prazo em janeiro, a
taxa fechou em 22,55%, contra
22,81% anuais do dia anterior.
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve mais um pregão de fracos negócios. Ontem foram movimentados apenas R$ 422,8 milhões.
Em junho, o giro médio diário ficou em de R$ 781,9 milhões.
O Ibovespa fechou ontem com
recuo de 1,32%, voltando aos
13.134 pontos.
Os destaques negativos ficaram
com os papéis Light ON (queda
de 4%) e Embraer PN (baixa de
2,3%). A suspensão de uma encomenda de jatos da empresa aérea
desagradou ao mercado.
O mês passado foi positivo no
que se refere ao interesse dos estrangeiros pela Bolsa local. As
compras de ações com capital estrangeiro superaram as vendas
em R$ 549,5 milhões, melhor resultado mensal do ano.
(FABRICIO VIEIRA)
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