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FOLHAINVEST
INVESTIMENTOS
Rentabilidade real foi de 2,63%; investimento só perdeu para as aplicações que acompanham os juros
Poupança tem melhor 1º semestre desde 99
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
A caderneta de poupança teve
em 2005 seu melhor primeiro semestre desde 1999, segundo a
consultoria Economática.
A rentabilidade real, descontada a inflação medida pelo IGP-M
(Índice Geral de Preços de Mercado, da FGV), acumulada de janeiro a junho na caderneta de poupança foi de 2,63%. Em termos
nominais, a rentabilidade da poupança foi de 4,42%.
No semestre que passou, a caderneta de poupança só perdeu
para as aplicações que acompanham os juros, como os fundos de
renda fixa e os CDBs (Certificados
de Depósitos Bancários).
O CDI (Certificado de Depósito
Interbancário) acumulou alta de
7%, descontada a inflação, no primeiro semestre.
Os CDBs (taxa máxima prefixada) registraram até 9,08% de rentabilidade, sem descontar o IGP-M. Os fundos de renda fixa, sem
os descontos e a inflação, deram,
em média, 8,36%.
O IGP-M, por sua vez, subiu
menos de 2% no semestre passado. Nos últimos dois meses, o índice de preços da Fundação Getúlio Vargas registrou deflação.
Desde 2001, a caderneta perdia
para a inflação e ficava no negativo. Em 2000, alcançou valorização de 1,07% sobre o IGP-M.
Em 1999, o resultado ficou negativo em 0,52%, depois de a poupança ter tido um excelente ano
em 1998, quando acumulou rentabilidade de 5,69%, também descontada a inflação.
Apesar da diferença de rentabilidade entre os fundos de renda fixa e a poupança, a caderneta tem
algumas vantagens.
Nos fundos, a rentabilidade deve ser descontada de impostos, taxa de administração e de CPMF,
mesmo em resgates após 90 dias.
Outra diferença em relação à caderneta é que aplicações realizadas em fundos de investimentos
não contam com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
"Mesmo com os descontos, ainda é clara a superioridade das
aplicações que acompanham o
CDI sobre a poupança", lembra
Einar Rivero, da Economática.
Apesar de perder para o CDI, a
poupança, considerada a lanterninha dos investimentos nos últimos anos, deixou para trás aplicações no Ibovespa (Índice da Bolsa
de Valores do Estado de São Paulo), em dólar e em ouro.
O Ibovespa acumulou perda de
4,37% nos primeiros seis meses
deste ano. O dólar sofreu desvalorização de 12,06%, e o ouro caiu
11,73% no mesmo período.
Os fundos FGTS/Petrobrás
(com aplicações de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) bateram todas as aplicações
mencionadas, ao registrar rentabilidade de 17,66% no semestre
(até 27 de junho) segundo dados
da Anbid (Associação Nacional
dos Bancos de Investimentos).
Quem aplicou recursos próprios em fundos de privatização
da Petrobrás conseguiu, em média, rentabilidade menor, de
16,52%, no ano, até aquela data.
Fundos de privatização com recursos do FGTS, por sua vez,
amargam, em média, perda de
8,61% no período.
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