DA REPORTAGEM LOCAL

O volume de certificados de investimento audiovisual registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) neste ano representa apenas 20% do de 2004.
"Acho que o segundo semestre tende a repetir o desempenho do primeiro", diz Regina Werner, da Máxima DTVM, envolvida em 148 projetos de captação.
Os certificados são necessários à liberação de patrocínio com benefício das leis. Quando o responsável por um filme quer recursos, ele solicita uma autorização, emitida pelo Ministério da Cultura e pela Ancine (Agência Nacional de Cinema). Esses órgãos são responsáveis pela aprovação de projetos que buscam patrocínio por meio das leis de renúncia fiscal. Em 2004, a CVM registrou R$ 233,89 milhões para emissão nesse segmento. Neste ano, não chega a R$ 50 milhões.
No processo de renúncia fiscal, o governo abre mão de receber parte do imposto em favor da realização de projetos culturais. No caso dos filmes nacionais, quase todos são realizados utilizando esses incentivos.
A queda no número de espectadores de filmes nacionais de 2003 para cá pode ajudar a explicar um pouco esse desaquecimento na captação de recursos destinados ao audiovisual. (FV)


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