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Fim da inflação e maior concorrência entre as lojas afetam o desempenho
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro foi o fim da inflação, que levou à mudança no
comportamento de compra do
consumidor -ele vai menos vezes à loja e também não estoca
mais mercadorias. Depois veio
a profissionalização do pequeno varejista, que formou cooperativas e hoje compra no atacado o produto com o mesmo
preço do da grande loja.
Como se não bastasse, farmácias e bares resolveram vender a mesma coisa que os supermercados vendem. E a fazer
dinheiro com isso. As farmácias
e perfumarias tiveram um crescimento de 5,4% no volume de
itens comercializados de novembro a maio -nos supermercados com mais de 50 caixas, houve queda de 4,1%.
Então o cenário estava armado: aos poucos as redes maiores
foram sentindo aumentar a
concorrência com uma expansão nos custos de operação de
suas empresas. A situação ficou
ainda mais delicada nos dois últimos anos. Isso ocorreu por
causa da recente desaceleração
da economia e da perda de renda -que começa a se recuperar,
mas que afeta diretamente o
varejo de alimentos.
"O ideal seria que, agora, os
consumidores estivessem comprando maiores volumes ou
itens que antes não adquiriam
nas lojas. Mas isso não ocorre",
diz Marco Aurélio Lima, gerente de unidade da GFK Indicator. "Dentro dos supermercados, o que há é uma deflação de
alguns itens específicos. Mas
que não motiva o consumidor a
comprar mais."
(AM)
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