São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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Fim da inflação e maior concorrência entre as lojas afetam o desempenho

DA REPORTAGEM LOCAL

Primeiro foi o fim da inflação, que levou à mudança no comportamento de compra do consumidor -ele vai menos vezes à loja e também não estoca mais mercadorias. Depois veio a profissionalização do pequeno varejista, que formou cooperativas e hoje compra no atacado o produto com o mesmo preço do da grande loja.
Como se não bastasse, farmácias e bares resolveram vender a mesma coisa que os supermercados vendem. E a fazer dinheiro com isso. As farmácias e perfumarias tiveram um crescimento de 5,4% no volume de itens comercializados de novembro a maio -nos supermercados com mais de 50 caixas, houve queda de 4,1%.
Então o cenário estava armado: aos poucos as redes maiores foram sentindo aumentar a concorrência com uma expansão nos custos de operação de suas empresas. A situação ficou ainda mais delicada nos dois últimos anos. Isso ocorreu por causa da recente desaceleração da economia e da perda de renda -que começa a se recuperar, mas que afeta diretamente o varejo de alimentos.
"O ideal seria que, agora, os consumidores estivessem comprando maiores volumes ou itens que antes não adquiriam nas lojas. Mas isso não ocorre", diz Marco Aurélio Lima, gerente de unidade da GFK Indicator. "Dentro dos supermercados, o que há é uma deflação de alguns itens específicos. Mas que não motiva o consumidor a comprar mais."
(AM)


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