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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Estresse continua, dizem economistas
Depois de alguns dias de uma
aparente calmaria, o humor do
mercado voltou a azedar ontem
após a divulgação de notícias
negativas nos Estados Unidos.
O que mais assustou foi o rebaixamento da nota do grupo Bear
Stearns pela agência de risco
Standard & Poor's.
O estresse de ontem no mercado fez com que crescessem as
apostas de que o Banco Central
deverá mesmo reduzir o ritmo
do corte de juros para 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom. Os números da
produção industrial de junho,
que mostram a economia mais
aquecida do que se previa, ajudaram a formar no mercado essa percepção.
A economista Ana Carla
Abrão Costa, da Tendências,
diz que essa volatilidade de ontem não deve parar. Sua previsão é de mais instabilidade no
começo da semana. "A segunda-feira, po falta de indicadores
relevantes -aqui e lá fora-, deve ser igualmente dependente
de notícias soltas, o que sugere
possibilidade de mais volatilidade" diz.
O economista Alex Agostini,
da Austin Rating, também tem
a mesma expectativa de que o
mercado deve permanecer volátil por mais alguns dia. Ele
acha, no entanto, que o problema com mercado de hipotecas
("subprime") nos Estados Unidos não deve contagiar a economia real, que é a grande preocupação do mercado.
"Um desempenho mais fraco
do PIB americano no terceiro
trimestre em relação ao segundo será reflexo do aperto monetário, e não de problemas gerados no setor de hipotecas,
mesmo sabendo que, inevitavelmente, haverá associações
dos fatos" diz Agostini.
Segundo o economista, além
dos ajustes necessários para estabilizar a atual situação frágil
do mercado de hipotecas dos
Estados Unidos, o mercado financeiro global deve também
dedicar atenção ao preço do
barril de petróleo, que, a seu
ver, deve voltar para níveis recordes em virtude da temporada de furacões no hemisfério
norte e no Golfo do México. A
expectativa é que, a partir de
meados de agosto, o preço ultrapasse os US$ 80 por barril.
CAMPEÕES DE BELEZA
A Abihpec (de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos) e
o DEC (Distribuidores Especializados Categorizados) acabam de fechar parceria para determinar quais são as marcas
líderes do setor e como é o consumo dos produtos por regiões do país. O DEC atende mais de 55 mil pontos-de-venda
em todo o Brasil. O objetivo da pesquisa é reconhecer as
campeãs em cada categoria de produto para posicionar as
marcas já existentes e auxiliar investidores que desejam
apostar no setor. "Com a parceria vamos viabilizar esse tipo
de estudo de mercado para pequenas e médias empresas,
que hoje não têm acesso", diz João Carlos Basilio da Silva,
presidente da Abihpec.
MALAS PRONTAS
A marca de malas de luxo alemã Rimowa escolheu São
Paulo para abrigar seu primeiro ponto-de-venda da América do Sul. A grife abre sua primeira loja até o fim deste
mês, na rua Vittorio Fasano, nos Jardins. "São Paulo será
a porta de entrada para a região sul-americana", diz Erich
Funke, diretor da Rimowa no país.
TECIDOS
Em julho, as vendas do
segmento de cama, mesa e
banho subiram 2,5%, segundo levantamento do Sindicato do Comércio Atacadista
de Tecidos de São Paulo. Em
setembro deve haver mais
alta, quando o comércio começar a se abastecer para o
fim de ano.
NA MASSA
São Paulo passou a ser a
menina dos olhos da carioca
Piraquê. A empresa vai focar
na distribuição de seus produtos (biscoitos, massas e
margarinas) para todo o Estado. A expectativa é que o
faturamento das vendas em
São Paulo dobre até o fim do
ano que vem.
BOMBOM
A região Sul é a que mais
consome balas e confeitos,
com um total de 3,38 quilos
per capita ao ano, segundo
pesquisa da Abicab (associação do setor). Na seqüência
aparecem o Nordeste, com
3,31 quilos, o Sudeste, com
2,61 quilos, e o Centro Oeste,
com 2,1 quilos. No primeiro
semestre, foram produzidas
216 mil toneladas de balas e
confeitos, das quais 170 mil
foram direcionadAs para o
consumo interno.
DÉCIMO TERCEIRO
As contratações da linha
de crédito do Banco do Brasil que antecipa o décimo
terceiro cresceram 65% em
2007. O valor contratado até
segunda é de R$ 90 milhões,
ante R$ 54,3 milhões registrados em igual período de
2006. Já o número de operações supera os 170 mil contratos neste ano, acréscimo
de 79% ante 2006. A linha
foi reaberta em julho e, desde então, foram liberados R$
44 milhões.
SODA CÁUSTICA
A produção de cloro cresceu 0,9% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2006. Segundo a Abiclor (Associação
Brasileira da Indústria de
Álcalis, Cloro e Derivados), o
segmento de química e petroquímica, responsável por
94% do consumo de cloro,
cresceu 2,3%. A produção da
soda cáustica foi 2% maior
do que em igual período de
2006. As vendas internas do
produto aumentaram 6,2%.
BULA
O Aché Laboratórios investiu cerca de R$ 10 milhões em equipamentos, testes, embalagens e criação de
área de hormônios para o
lançamento do Levoid. O
medicamento, desenvolvido
e fabricado no Brasil, é usado para a reposição ou a suplementação hormonal em
pacientes com hipotireoidismo. O mercado de remédios para esse tratamento
movimentou R$ 180 milhões em 2006.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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