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Presidente libera R$ 6,8 bilhões para obras previstas no PAC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na reunião com os 13 governadores, o presidente Lula
anunciou a liberação de R$ 6,8
bilhões para obras de saneamento e urbanização de favelas
que integram o PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento). No total, o governo pretende repassar R$ 32 bilhões para
o setor nos próximos quatro
anos, mas as obras estão longe
de sair do papel.
É que os Estados e municípios assinaram apenas um protocolo de cooperação federativa que, na prática, é uma declaração de intenções e promessa
de investimentos. Os contratos
para início das obras estão em
estágio inicial.
O ritmo lento nos gastos não
se limita ao setor de saneamento e urbanização. De acordo
com os últimos dados do Tesouro, o gasto com as obras
prioritárias do governo até julho não passou de 10% do previsto no Orçamento. No semestre, foram pagos R$ 1,2 bilhão
de um total de R$ 11,3 bilhões.
Segundo a ministra-chefe da
Casa Civil, Dilma Rousseff, todos os investimentos escolhidos ontem já têm projeto básico. O processo de liberação do
dinheiro, porém, depende de
análises técnicas da Caixa Econômica, licenças ambientais,
além da assinatura dos contratos e de licitações públicas.
A maior parte do dinheiro
prometido ontem é do governo
federal, que entra com R$ 5,9
bilhões -R$ 2,7 bilhões do Orçamento Geral da União e R$
3,2 bilhões em financiamentos.
O restante é de contrapartidas
estaduais e municipais.
O presidente fez questão de
ressaltar o que considerou uma
"mudança no padrão de governabilidade". Segundo ele, há 10
ou 15 anos, liberava-se R$ 1 bilhão para investimentos em saneamento mas nada era gasto
por não haver discussão com
Estados e municípios.
A mudança comemorada pelo presidente, no entanto, foi
contradita pelo prefeito de Porto Velho (RO), o petista Roberto Eduardo Sobrinho. Ele reclamou que muitos projetos apresentados não são aprovados pela Caixa e dificultam o gasto dos
recursos destinados ao setor.
A idéia inicial do Palácio do
Planalto era que Lula fosse aos
27 Estados para anunciar os recursos para saneamento. Mas
ele visitou 12 governadores e
resolveu fazer um anúncio conjunto em Brasília depois dos
protestos inclusive em cidades
do Nordeste, onde sua popularidade foi sempre elevada.
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