São Paulo, sábado, 04 de setembro de 2004

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PAINEL S.A.

Maré alta 1
A Tendências reviu ontem sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto neste ano. A nova previsão da consultoria é uma expansão de 4,7% -a anterior era de 4,2%.

Maré alta 2
Segundo Roberto Padovani, da Tendências, o crescimento de 4,7% já gera impactos também na trajetória para 2005. Ainda que caia um pouco, tanto por conta de uma queda nas exportações quanto por conta do consumo, a previsão é de 4% para o ano que vem, um número ainda expressivo.

Cartas na mesa
Para Padovani, o desafio agora está nas mãos do governo, que poderá ou não criar um ambiente regulatório propício ao aumento de investimentos e, desse modo, sustentar as atuais taxas de crescimento por um período mais longo de tempo.

Rumo à África
A Parmalat Brasil direcionou parte de sua produção para as exportações. A maior parte da produção de leite em pó da unidade de Santa Helena (Goiás) está sendo exportada principalmente para a África. A operação deverá proporcionar uma receita anual adicional para a Parmalat brasileira de US$ 25 milhões.

Na frente
A Fiat encerrou agosto com 30,9 mil veículos vendidos e manteve a liderança dos mercados de automóveis e comerciais leves. A montadora de Betim obteve 25,4% de participação do mercado.

Novos horizontes
A paulista Gemco, especializada em soluções de gestão empresarial para o comércio, deve inaugurar em 2005 unidades na Espanha -para atender a Europa- e no México -para atender a América Latina. A Gemco prevê um faturamento de R$ 20 milhões em 2004.

Turismo de incentivo
O segmento de turismo de incentivo deve crescer neste ano cerca de 10% acima do PIB, diz o Favecc (agências de viagens especializadas em contas comerciais). Em 2003, movimentou mais de R$ 4 bilhões, com quase 4 milhões de bilhetes aéreos emitidos para o mercado corporativo -40% das vendas do mercado turístico.

Em campo
A Top Service Incentive Travel & Conventions, especializada em logística de viagens para incentivo, lançou o pacote "Eliminatórias da Copa 2006". Cerca de mil convidados de empresas como Unibanco e Nike vão assistir, de camarote, ao jogo Brasil x Bolívia, amanhã, no estádio do Morumbi.

Bicombustível
Nos primeiros sete meses deste ano, foram comercializados 150.872 veículos bicombustíveis no Brasil, o que representa 18% do total de vendas no setor. No ano passado, a penetração dos veículos flexíveis que podem ser abastecidos com álcool e/ou gasolina foi de 4,5%.

Ranking
A Volkswagen, a primeira a lançar a tecnologia de veículos bicombustíveis, com o Gol Total Flex, lidera o segmento, com 45,9% de participação. Em segundo, vem a GM (32,2%), e, em terceiro, a Fiat (21,9%). Até o fim do ano, a VW deve lançar dois novos modelos bicombustíveis: Polo e Polo Sedan.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Os dois gargalos

Os dois principais gargalos que vêm sendo apontados como limitantes ao crescimento econômico, a infra-estrutura do país e os limites da capacidade instalada das empresas, devem ser vistos de forma diferenciada, segundo o diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/ FGV), Luiz Guilherme Schymura. Ele acredita que a questão da capacidade instalada seja de mais fácil solução, tendo em vista que o setor privado demonstra ser eficiente em transpor seus limites. Já o gargalo da infra-estrutura é mais difícil de ser resolvido. Nesse caso, porque depende do entendimento do setor público com o setor privado, uma vez que o Estado não dispõe dos recursos necessários para os investimentos e tem seus limites de endividamento. A saída, a seu ver, devem ser as PPPs, mas mantendo o espírito da responsabilidade fiscal.

FRASE

As PPPs são a saída para o crescimento econômico brasileiro


Luiz Guilherme Schymura, diretor do Ibre/FGV

NÚMEROS

1,69%
É o aumento no preço da cesta básica dos paulistanos em agosto, diz pesquisa do Procon/Dieese.

0,34%
É o aumento no preço da gasolina nesta semana nos postos de São Paulo, segundo pesquisa da Folha.


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