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Procuradores acusam grupo de gestão
irregular em fundo de investimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ação proposta pelos procuradores Luiz Francisco de Souza e
Lauro Pinto Cardoso Neto acusa
o Opportunity de gerir de forma
irregular um fundo de investimentos registrado na CVM com o
perfil "anexo IV", o qual se destina apenas a uso de investidores
não-residentes.
Segundo os procuradores, os
administradores do Opportunity
Fund, que tem sede nas Ilhas Cayman e abriga vários subfundos,
"utilizaram-se irregularmente de
uma forma de registro de capital
estrangeiro, o registro anexo IV,
para assumir o controle de empresas brasileiras ilegalmente,
sem o pagamento de impostos e
infringindo as leis. A sanção mínima da ilicitude é a nulidade, que o
Judiciário deve declarar".
E, mais adiante, afirmam:
"Houve, assim, aplicação ilegal,
por brasileiros e estrangeiros residentes no país, em fundos e subfundos do Grupo Opportunity
nas Ilhas Cayman, sem o pagamento de 20% do IR".
Na ação estão elencados os
principais investimentos do fundo: Brasil Telecom, Telemig Celular, Amazônia Celular, porto de
Santos, Vale e Metrô do Rio.
Também para sustentar as supostas irregularidades, os procuradores reproduzem na ação reportagem da "Carta Capital" na
qual um ex-funcionário da CVM,
cujo nome não é revelado, afirma
que o fundo colocado sob suspeita tem entre seus investidores pelo menos 25% de brasileiros
-entre os quais o ex-senador
Luiz Estevão de Oliveira Neto, que
foi cassado em meio a denúncias
de envolvimento em desvio de recursos públicos na construção do
Fórum Trabalhista de São Paulo.
Entre os pedidos feitos à Justiça,
os procuradores colocam a cobrança de multa de R$ 300 milhões aos réus, a anulação de todos os investimentos feitos pelo
fundo no Brasil, a determinação à
CVM para descredenciar o grupo
Opportunity de suas operações e
a suspensão dos direitos políticos
dos acusados por um período entre três e dez anos.
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