São Paulo, sexta, 4 de setembro de 1998

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PAINEL S/A

Análise criteriosa
A competente Moody's, que considerava a Coréia como país de risco zero, deu ontem ao Brasil a mesma nota que dava à Rússia até o dia 20 de agosto. Ou seja, a nota que prevaleceu até uma semana após a moratória.

Irmãos latinos
Depois de ontem, para a Moody's, o Brasil representa o mesmo risco da Nicarágua e é mais arriscado que El Salvador, Guatemala e Jamaica.

Vale-tudo
Frase de analista: "O mundo globalizado e neoliberal está pedindo uma intervenção dos Estados. Acabou a fase do "fair play', agora vale chute na canela".

Vitória dos supermercados
A Justiça de Santa Catarina aprovou ontem pedido de liminar feito pela associação dos supermercadistas do Estado para que os preços dos produtos com código de barra sejam colocados nas gôndolas. Essa é a primeira liminar concedida em favor do setor.

Competição acirrada
A Abimaq, que reúne fabricantes de bens de capital, está encontrando dificuldades para levar indústrias de máquinas e equipamentos gráficos para a maior feira do setor, programada para maio de 2000 na Alemanha. Alguns empresários temem que as empresas não sobrevivam até lá, devido à competição com os importados.

Pequenos em destaque
O Atacadão cresceu 16% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 97. A empresa aumentou a participação junto ao pequeno e médio comerciante. A meta para o final do ano é faturar R$ 1 bilhão.

Sinal dos tempos
Máxima que circula no mercado: "Em tempos de bonança, muito faz quem muito ganha. Em tempos médios, muito faz quem não perde. Nos tempos atuais, muito faz quem perde pouco".

Em alta
Relatório da Nielsen do bimestre junho/julho de 98 aponta dois blocos entre os fabricantes de refrigerantes: os que ganharam mercado e os que perderam. Entre os que ganharam, estão as tubaínas (refrigerantes baratos), que saltaram de 26,6% para 27,5% de participação, e o guaraná Antarctica, que passou de 11,7% para 11,8%.

Perdendo mercado
Ainda segundo o relatório da Nielsen, a Coca-Cola e a Brahma perderam mercado no período. A participação da Coca-Cola caiu de 48,3% para 47,7% e a da Brahma, de 7,5% para 7,2%.

Menos renda
O comércio deve fechar o ano com um faturamento igual ao do ano passado, segundo avaliação de Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. A principal causa seria a queda na renda.

Produtos baratos
Para o presidente da federação, o comércio vai vender um número de produtos superior ao vendido no final de 97, mas não terá acréscimo no faturamento. Segundo ele, os consumidores estão comprando os produtos mais baratos.

Peixe em foco
A Golfinho Azul, empresa de congelados, quer crescer 35% em 98 em relação a 97, quando faturou R$ 11 milhões. Ela está investindo em novos produtos: os "nugets" de peixe da Turma da Mônica e o hambúrguer de camarão.

E-mail: painelsa@uol.com.br



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