São Paulo, sexta, 4 de setembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Nota do Brasil é rebaixada, Bolsa desaba e Nova York sente impacto
O olho do furacão financeiro mundial deslocou-se ontem para o Brasil com a divulgação do relatório da Moody's -uma das principais agências internacionais de classificação de risco de crédito-, que rebaixa ainda mais a nota da dívida externa e interna do país. A Bolsa de São Paulo reagiu imediatamente e fechou em queda de 8,61%, a segunda maior de 1998. Desde o pico deste ano, em 15 de abril, as ações já perderam, na média, quase metade de seu valor (49,4%). O mau desempenho chegou a influenciar Nova York, onde a Bolsa caiu 1,29%. Os estrangeiros estão fugindo. Em agosto, R$ 1,7 bilhão deixou o país, a maior saída da história da Bovespa. As reservas continuam minguado. Ontem, mais US$ 1,1 bilhão havia sido remetido ao exterior até as 19h, um pouco acima da média diária das últimas duas semanas. O BC tentou pela terceira vez, sem êxito, colocar títulos com juros pós-fixados. Devido à incerteza, o mercado só aceita papéis com variação cambial. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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