São Paulo, sexta, 4 de setembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO TENSO
Bolsa de Caracas tem queda de 7, 53%; continuam rumores de desvalorização do bolívar, a moeda local
"Risco Venezuela" aumenta, diz Moody's

das agências internacionais

Além do Brasil, a Venezuela também foi rebaixada pela agência de classificação de risco Moody's Investors Service.
A justificativa foi que os preocupantes déficits públicos e reservas internacionais em queda aumentaram o risco do país.
A Venezuela foi rebaixada um degrau, sendo classificada como risco "B2". O país está cinco degraus abaixo da categoria de investimento -acima dela estão os mercados considerados seguros para investimento.
A avaliação de risco da Venezuela, segundo a Moody's, fica igual a de países como a Nicarágua, o Paraguai e a Bulgária.
O efeito desse avaliação negativa para a Venezuela será uma maior dificuldade para obter financiamentos externos. Os empréstimos também se tornarão mais caros para as empresas nacionais.
Segundo analistas, esse quadro diminuirá a capacidade do país de crescer.
A Moody"s também declarou estar estudando a hipótese de rebaixar a Argentina e o México.
A Bolsa de Caracas reagiu com forte queda de 7,53%. Seu principal índice fechou a 2.726,53 pontos, o mais baixo da história.
Com o novo retrocesso, que havia sido precedido de alta de 3,82%, o principal índice acionário acumula queda de 78,77% somente este ano.
Operadores disseram ontem que a forte queda não foi apenas devido à reclassificação pela Moody's. O mercado venezuelano também foi influenciado pelo desempenho das demais Bolsas do mundo.
Continuaram ontem os fortes rumores de que seria iminente a desvalorização do bolívar, a moeda local, entre 15% e 20%. A Venezuela se encontra em uma situação particularmente difícil em virtude da queda do preço do petróleo -seu principal produto de exportação.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.