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MERCADO TENSO
Bolsa de Caracas tem queda de 7, 53%; continuam rumores de desvalorização do bolívar, a moeda local
"Risco Venezuela" aumenta, diz Moody's
das agências internacionais
Além do Brasil, a Venezuela
também foi rebaixada pela agência
de classificação de risco Moody's
Investors Service.
A justificativa foi que os preocupantes déficits públicos e reservas
internacionais em queda aumentaram o risco do país.
A Venezuela foi rebaixada um
degrau, sendo classificada como
risco "B2". O país está cinco degraus abaixo da categoria de investimento -acima dela estão os
mercados considerados seguros
para investimento.
A avaliação de risco da Venezuela, segundo a Moody's, fica igual a
de países como a Nicarágua, o Paraguai e a Bulgária.
O efeito desse avaliação negativa
para a Venezuela será uma maior
dificuldade para obter financiamentos externos. Os empréstimos
também se tornarão mais caros
para as empresas nacionais.
Segundo analistas, esse quadro
diminuirá a capacidade do país de
crescer.
A Moody"s também declarou
estar estudando a hipótese de rebaixar a Argentina e o México.
A Bolsa de Caracas reagiu com
forte queda de 7,53%. Seu principal índice fechou a 2.726,53 pontos, o mais baixo da história.
Com o novo retrocesso, que havia sido precedido de alta de
3,82%, o principal índice acionário acumula queda de 78,77% somente este ano.
Operadores disseram ontem que
a forte queda não foi apenas devido à reclassificação pela Moody's.
O mercado venezuelano também
foi influenciado pelo desempenho
das demais Bolsas do mundo.
Continuaram ontem os fortes
rumores de que seria iminente a
desvalorização do bolívar, a moeda local, entre 15% e 20%. A Venezuela se encontra em uma situação
particularmente difícil em virtude
da queda do preço do petróleo
-seu principal produto de exportação.
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