São Paulo, sexta, 4 de setembro de 1998

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Lojistas não querem repetir "erros"

da Reportagem local

Diretores de lojas e financeiras têm passado os últimos dias estudando o que fazer diante do novo cenário econômico. Ninguém quer repetir a experiência de outubro de 97, quando algumas empresas foram surpreendidas.
Na época, as financeiras e grandes cadeias de lojas haviam concedido empréstimos, com até 36 meses de prazo, com taxas de juros fixas. Quando o governo dobrou os juros, para fazer frente à crise, os custos das empresas também se multiplicaram por dois, enquanto as receitas estavam amarradas em contratos antigos.
Natale Dalla Vecchia, diretor da Lojas Cem, diz que por enquanto não aumentou os juros cobrados dos clientes porque não precisou buscar dinheiro no mercado financeiro. "Se precisarmos de recursos dos bancos, vamos ter de cobrar mais caro pelo crédito."
A Arapuã transferiu parte dos riscos de sua carteira de empréstimos para administradoras de cartões de créditos. Uma promoção incentiva os clientes a fazer compras pelo cartão, com juros fixos.
Em meio a um cenário confuso, alguns comerciantes querem remar contra a maré. Girsz Aronson, dono da G. Aronson, quer que a financeira que cuida do seu crediário - Banco Cacique-diminua os juros cobrados dos seus clientes.



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