das agências internacionais

A Bolsa de Tóquio caiu ontem pela primeira vez em quatro dias depois de a Hitachi anunciar prejuízos e a Toa Steel confirmar a notícia de que será mesmo liquidada.
O índice Nikkei 225, que reúne as ações mais negociadas, caiu 0,8%. O índice Topix, que reúne todas as ações listadas na Bolsa, caiu 0,45%.
"A Hitachi surpreendeu o mercado com as perdas, e a Toa confirmou o que todos já sabiam: a indústria japonesa foi atingida", avaliou Hitoshi Yajima, diretor da Tachibana Investment & Management.
A Hitachi, uma das principais empresas do setor eletrônico do país, anunciou US$ 1,8 bilhão de perdas este ano, contra uma previsão inicial de registrar lucros. A empresa, que vende 70% de sua produção no mercado local, é mais uma das atingidas pela pior recessão que o país enfrenta em cinco décadas.
A tendência de queda do mercado prosseguiu até o final do pregão, quando a Toa Steel anunciou sua liquidação, deixando uma dívida avaliada em cerca de 260 bilhões de ienes. A empresa vinha enfrentando dificuldades em virtude da queda da produção da indústria da construção.
Rubin
O secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, disse ontem que é absolutamente crítico para a Ásia e o resto do mundo que o Japão adote medidas para restaurar a saúde de sua economia.
"O Japão é ponto-chave para o bem-estar econômico do mundo", afirmou Rubin, antes de participar de um encontro entre FMI (Fundo Monetário Internacional) e representantes de países latino-americanos em Washington (EUA).
Rubin deve se encontrar hoje com o ministro das Finanças do Japão, Kiichi Miyazawa, em São Francisco. Os dois devem discutir a recessão japonesa e o endividamento do setor bancário do país.
O secretário norte-americano deve pedir garantias ao ministro de que o governo japonês fará todo o possível para sair da recessão.



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