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MAPPIN
Empresário tem a prisão preventiva revogada
Ricardo Mansur faz acordo e se apresenta hoje à Justiça Federal
FLÁVIA DE LEON
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Ricardo Mansur,
ex-dono do Mappin, da Mesbla e
do Crefisul, tem de se apresentar à
Justiça Federal hoje, às 16h, sob
pena de ter sua prisão preventiva
e pedido de extradição restabelecidos pelo juiz Ali Mazloum, titular da 7ª Vara Federal de São Paulo.
Mazloum aceitou acordo proposto pelo advogado de Mansur,
Sérgio Rosenthal, e revogou provisoriamente a prisão preventiva
do empresário, que havia decretado em 10 de maio. Em troca, Rosenthal prometeu apresentar seu
cliente à Justiça.
Com a revogação da prisão preventiva, o pedido de extradição
do empresário também foi suspenso. Mansur estaria vivendo
em Londres, mas recentemente
foi flagrado saindo de um restaurante de luxo na Califórnia (Estados Unidos).
Procedimentos
A Folha apurou que, apesar da
suspensão, os procedimentos burocráticos que antecedem o pedido de extradição, como tradução
das provas e do pedido de extradição, continuam sendo feitos por
funcionários dos Ministérios da
Justiça e das Relações Exteriores
(Itamaraty).
Caso não estivesse suspenso, o
pedido de extradição ainda não
teria sido enviado a Londres em
razão da demora em preparar a
documentação necessária.
Mansur é acusado pelo Ministério Público Federal de divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira. No caso específico,
sobre o Bradesco.
Lei do Colarinho Branco
A pena para esse crime, prevista
na Lei do Colarinho Branco, é de
dois a seis anos de prisão, além do
pagamento de multa.
Em dezembro do ano passado,
Mansur teria enviado de Londres,
por meio de correio eletrônico e
utilizando nome falso, boato de
que o Bradesco estaria em dificuldades financeiras.
A Folha telefonou duas vezes
para o escritório de Rosenthal.
Deixou recados com a secretária e
informou o motivo dos telefonemas. Rosenthal não respondeu
aos recados até o fechamento desta edição.
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