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VÔO DA ÁGUIA
Economia cria 57 mil vagas, mas taxa de desemprego fica em 6,1%
EUA voltam a abrir postos de trabalho
DA REDAÇÃO
A economia norte-americana
voltou a criar empregos no mês
passado, depois de um declínio de
sete meses consecutivos que significou o fechamento de mais de
500 mil vagas. Apesar da recuperação nas contratações, a taxa de
desemprego permaneceu estável
em 6,1%.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, foram
criadas 57 mil vagas em setembro
(o setor agrícola não entra no cálculo). No mês anterior, segundo
números revisados, havia ocorrido um corte de 41 mil postos.
A economia norte-americana
passa por uma ligeira e ainda instável recuperação nos últimos
meses. Mas, a despeito de uma
aceleração na atividade, as empresas não estavam contratando
novos empregados.
Para alguns economistas, o mês
passado pode ter marcado um
ponto de virada. Existe a expectativa de que a taxa de desemprego,
que há três anos estava em torno
de 4% da PEA (População Economicamente Ativa), comece agora
a recuar de seu atual nível, que é
um dos mais elevados em nove
anos.
Os números divulgados ontem
ficaram bem acima das expectativas dos analistas de Wall Street, e
as Bolsas tiveram um dia de otimismo. O índice Dow Jones fechou com alta de 0,89%, e a Nasdaq ganhou 2,42%.
A indústria segue como o setor
mais frágil do país e, no mês passado, fechou 29 mil postos. Ainda
assim, o ritmo de demissões no
setor foi o mais baixo desde meados do ano passado. Já o varejo
abriu 10 mil postos, o melhor resultado em mais de um ano.
De acordo com o porta-voz da
Casa Branca, Scott McClellan, o
fato de o país ter voltado a criar
empregos é estimulante. "Mas o
presidente ainda não está satisfeito", disse.
Desde que George W. Bush assumiu o governo, em 2001, foram
fechados cerca de 2,6 milhões de
postos de trabalho nos EUA, a
maior parte na indústria. O tema
promete ser um dos mais espinhosos para Bush na campanha
eleitoral do ano que vem.
Após dez anos de crescimento
ininterrupto, o mais longo período de expansão da história do
país, os EUA entraram em recessão em março de 2001. As empresas tiveram que se adequar à desaceleração na demanda, especialmente no setor de alta tecnologia,
e iniciaram severos planos de
reestruturação, o que significou a
redução no número de trabalhadores empregados.
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