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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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VÔO DA ÁGUIA

Economia cria 57 mil vagas, mas taxa de desemprego fica em 6,1%

EUA voltam a abrir postos de trabalho

DA REDAÇÃO

A economia norte-americana voltou a criar empregos no mês passado, depois de um declínio de sete meses consecutivos que significou o fechamento de mais de 500 mil vagas. Apesar da recuperação nas contratações, a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,1%.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, foram criadas 57 mil vagas em setembro (o setor agrícola não entra no cálculo). No mês anterior, segundo números revisados, havia ocorrido um corte de 41 mil postos.
A economia norte-americana passa por uma ligeira e ainda instável recuperação nos últimos meses. Mas, a despeito de uma aceleração na atividade, as empresas não estavam contratando novos empregados.
Para alguns economistas, o mês passado pode ter marcado um ponto de virada. Existe a expectativa de que a taxa de desemprego, que há três anos estava em torno de 4% da PEA (População Economicamente Ativa), comece agora a recuar de seu atual nível, que é um dos mais elevados em nove anos.
Os números divulgados ontem ficaram bem acima das expectativas dos analistas de Wall Street, e as Bolsas tiveram um dia de otimismo. O índice Dow Jones fechou com alta de 0,89%, e a Nasdaq ganhou 2,42%.
A indústria segue como o setor mais frágil do país e, no mês passado, fechou 29 mil postos. Ainda assim, o ritmo de demissões no setor foi o mais baixo desde meados do ano passado. Já o varejo abriu 10 mil postos, o melhor resultado em mais de um ano.
De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, o fato de o país ter voltado a criar empregos é estimulante. "Mas o presidente ainda não está satisfeito", disse.
Desde que George W. Bush assumiu o governo, em 2001, foram fechados cerca de 2,6 milhões de postos de trabalho nos EUA, a maior parte na indústria. O tema promete ser um dos mais espinhosos para Bush na campanha eleitoral do ano que vem.
Após dez anos de crescimento ininterrupto, o mais longo período de expansão da história do país, os EUA entraram em recessão em março de 2001. As empresas tiveram que se adequar à desaceleração na demanda, especialmente no setor de alta tecnologia, e iniciaram severos planos de reestruturação, o que significou a redução no número de trabalhadores empregados.


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