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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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BANCOS

Negócio, que inclui a financeira Losango, pode chegar a US$ 700 milhões

HSBC deve comprar filial do Lloyds

DA REDAÇÃO

O banco britânico HSBC, segunda maior instituição financeira do planeta, deverá ser o comprador da filial brasileira do também britânico Lloyds. O valor do negócio chegaria a US$ 700 milhões, de acordo com a agência de notícias Reuters, que cita como fonte uma pessoa familiar às conversas entre as instituições.
Já o "Financial Times", que publica em sua edição de final de semana uma reportagem sobre o assunto, afirma que o negócio envolvendo as instituições financeiras ficaria entre US$ 330 milhões e US$ 660 milhões. A transação envolve também a financeira Losango, que pertence ao Lloyds.
O anúncio do negócio está previsto para acontecer nas próximas semanas. Ontem, o Bradesco, que também estava interessado no Lloyds, admitiu que não deverá conseguir fechar a transação e sugeriu que outro banco britânico -no caso, o HSBC- venceria a disputa pela aquisição.
Já o Itaú, segundo especulações do mercado, ainda manteria a expectativa de fechar um acordo de última hora, caso as negociações entre o HSBC e o Lloyds não se concretizem. O HSBC, o Lloyds e o Itaú não quiseram comentar o assunto.
O Lloyds, que foi a a primeira instituição financeira estrangeira a ter filial no Brasil, atua hoje no país como banco de investimento, mas, principalmente, no setor de crédito, com a financeira Losango, comprada em 1997.
Em seu site oficial, o grupo Losango diz ser a maior operação de varejo do grupo Lloyds fora do Reino Unido. A financeira tem sede no Rio de Janeiro e possui 111 filiais, com um total de 2.500 funcionários no país.

Novo foco
O Lloyds é hoje o quinto maior banco do Reino Unido e seu novo presidente, Eric Daniels, planeja focar os negócios da instituição no mercado britânico. Recentemente, a instituição financeira vendeu uma administradora de fundos e investimentos na França para o grupo suíço UBS.
Daniel deverá anunciar as novas estratégias do banco na próxima segunda-feira.
De acordo com o "Financial Times", a venda dos ativos do Lloyds já era esperada. Ainda que os negócios no Brasil sejam considerados rentáveis, eles são considerados de baixa escala para justificar a permanência da instituição financeira no país.


Colaborou a Folha Online


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