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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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GM chama de volta cem operários

ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

A GM (General Motors do Brasil) chamou de volta ao trabalho cerca de cem funcionários da unidade de São José dos Campos que estavam afastados pelo "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho) implantado pela montadora no dia 4 de agosto.
Os trabalhadores convocados são do setor de fundição. Cerca de 70 funcionários já retornam ao trabalho na segunda-feira e o restante será chamado nas próximas semanas.
Em nota, a montadora informou que tomou a decisão porque precisa gerar um estoque antecipado de peças usinadas. A empresa afirmou que precisa do estoque porque vai paralisar temporariamente a produção dessa peças para fazer modificações em máquinas e equipamentos.
Para o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, "essa é uma prova inconteste do acerto das medidas tomadas anteriormente".
O "lay-off" atingiu cerca de 500 trabalhadores. Pelo acordo, o período máximo de afastamento da fábrica é de cinco meses. A medida foi tomada depois de a empresa reverter 450 demissões, que chegaram a ser anunciadas durante o processo de negociação com o sindicato.
Com o "lay-off", o trabalhador fica em casa e recebe de 80% a 90% de seu salário líquido. No entanto, o trabalhador é obrigado a fazer curso de requalificação, que acontece uma vez por semana.
A GM de São José possui cerca de 8.500 funcionários e fabrica o Corsa, o Zafira e a S-10.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates, o Mancha, o anúncio amplia a expectativa de mobilização da categoria para que todos os funcionários afastados voltem ao trabalho.
"Vamos continuar negociando com a empresa para que a suspensão dos contratos de trabalho seja revertida o quanto antes, mantendo assim o nível de emprego na montadora", disse.
Na próxima quinta-feira, cerca de 800 trabalhadores do segundo turno da GM retornam do período de 20 dias de férias coletivas, concedido no mês passado.

Volks
A direção da Volkswagen adiou a reunião com o sindicato de Taubaté, que deveria ter ocorrido ontem, para discutir a transferência de 2.010 trabalhadores da unidade para o projeto Autovisão.
Segundo a empresa, o adiamento seria devido a uma reunião de diretoria da empresa, para avaliar a pauta do sindicato.
De acordo com a direção da empresa, na próxima semana, será marcada uma nova reunião com os sindicalistas e comissão de fábrica na tentativa de encontrar alternativas.
O sindicato encaminhou uma pauta à empresa reivindicando a garantia do vínculo empregatício, manutenção dos salários e dos direitos e a garantia de emprego.
Assim que for marcada uma nova reunião, o sindicato deve promover assembléias para informar a categoria sobre os rumos da negociação e sobre uma possível proposta da empresa.


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