|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GM chama de volta cem operários
ELIANE MENDONÇA
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A GM (General Motors do Brasil) chamou de volta ao trabalho
cerca de cem funcionários da unidade de São José dos Campos que
estavam afastados pelo "lay-off"
(suspensão temporária do contrato de trabalho) implantado pela montadora no dia 4 de agosto.
Os trabalhadores convocados
são do setor de fundição. Cerca de
70 funcionários já retornam ao
trabalho na segunda-feira e o restante será chamado nas próximas
semanas.
Em nota, a montadora informou que tomou a decisão porque
precisa gerar um estoque antecipado de peças usinadas. A empresa afirmou que precisa do estoque
porque vai paralisar temporariamente a produção dessa peças para fazer modificações em máquinas e equipamentos.
Para o vice-presidente da GM
do Brasil, José Carlos Pinheiro
Neto, "essa é uma prova inconteste do acerto das medidas tomadas
anteriormente".
O "lay-off" atingiu cerca de 500
trabalhadores. Pelo acordo, o período máximo de afastamento da
fábrica é de cinco meses. A medida foi tomada depois de a empresa reverter 450 demissões, que
chegaram a ser anunciadas durante o processo de negociação
com o sindicato.
Com o "lay-off", o trabalhador
fica em casa e recebe de 80% a
90% de seu salário líquido. No entanto, o trabalhador é obrigado a
fazer curso de requalificação, que
acontece uma vez por semana.
A GM de São José possui cerca
de 8.500 funcionários e fabrica o
Corsa, o Zafira e a S-10.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José
dos Campos, Luiz Carlos Prates, o
Mancha, o anúncio amplia a expectativa de mobilização da categoria para que todos os funcionários afastados voltem ao trabalho.
"Vamos continuar negociando
com a empresa para que a suspensão dos contratos de trabalho
seja revertida o quanto antes,
mantendo assim o nível de emprego na montadora", disse.
Na próxima quinta-feira, cerca
de 800 trabalhadores do segundo
turno da GM retornam do período de 20 dias de férias coletivas,
concedido no mês passado.
Volks
A direção da Volkswagen adiou
a reunião com o sindicato de Taubaté, que deveria ter ocorrido ontem, para discutir a transferência
de 2.010 trabalhadores da unidade
para o projeto Autovisão.
Segundo a empresa, o adiamento seria devido a uma reunião de
diretoria da empresa, para avaliar
a pauta do sindicato.
De acordo com a direção da empresa, na próxima semana, será
marcada uma nova reunião com
os sindicalistas e comissão de fábrica na tentativa de encontrar alternativas.
O sindicato encaminhou uma
pauta à empresa reivindicando a
garantia do vínculo empregatício,
manutenção dos salários e dos direitos e a garantia de emprego.
Assim que for marcada uma nova reunião, o sindicato deve promover assembléias para informar
a categoria sobre os rumos da negociação e sobre uma possível
proposta da empresa.
Texto Anterior: Trabalho: Funcionários da Volks aprovam Autovisão Próximo Texto: Mercado financeiro: Risco-país cai 3,19% com sinais positivos Índice
|