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MERCADO FINANCEIRO
Índice cai para 667 pontos após avanço na reforma tributária e perspectivas de melhora na economia global
Risco-país cai 3,19% com sinais positivos
DA REPORTAGEM LOCAL
Perspectiva de melhora da economia mundial e avanços na reforma tributária colaboraram para uma melhora na percepção do
risco-país brasileiro ontem.
O indicador, que mede a diferença entre a taxa de juros paga
pelo C-Bond (principal título da
dívida externa brasileira) e os papéis de mesmo prazo nos Estados
Unidos, caiu 22 pontos, de 689 para 667 pontos (-3,19%). Segundo
analistas, embora longe do ideal, a
volta da tendência de queda
-após o aumento do risco na semana passada- é um bom sinal.
Um risco muito elevado revela
que investidores estão cobrando
juros bem mais altos para financiar determinado país em relação
ao que demandam do governo
norte-americano.
No caso do Brasil, embora ainda
elevado, o risco-país-que chegou a ultrapassar os 2.000 pontos
no ano passado por conta das incertezas eleitorais- vem caindo
em 2003.
A queda de ontem é explicada
principalmente pela divulgação
de indicador que apontou melhora no nível de emprego nos EUA.
Isso fez os juros no mercado futuro do país subirem.
A lógica por trás desse movimento é a seguinte: uma recuperação da economia deve levar a
um reaquecimento da demanda.
No futuro, isso pode conduzir a
uma elevação da taxa de juros para evitar inflação.
O mercado, como sempre, começou ontem a antecipar essa
tendência, o que fez os juros futuros futuros nos EUA subirem.
Quando isso ocorre, para que o
risco de um país emergente se
mantenha constante, a taxa de juros de financiamento cobrada do
mesmo em dólares, tem de subir
também. Se isso não acontece, o
risco do país emergente cai.
Foi exatamente o que se passou
no Brasil ontem. Com isso, o valor
do C-Bond se manteve estável,
cotado a US$ 0,92 e o risco-país
caiu.
"Isso é um bom sinal de confiança no país", afirma Clive Botelho, diretor de tesouraria do Banco Santos.
Segundo Santos, o risco-país
brasileiro tem espaço para se reduzir até 550 pontos.
O otimismo do mercado fez o
dólar recuar ontem. A queda foi
de 0,17%, para R$ 2,887. Os juros
futuros projetados para abril de
2004 também caíram, atingindo
17,92%, contra 18,10% na véspera.
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