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São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

A caminho dos R$ 2
O quilo do frango vivo voltou a subir ontem nas granjas paulistas e foi negociado a R$ 1,95. A falta de aves para abate e a boa procura do mercado explicam as constantes altas. Em relação aos preços praticados há uma semana, o frango aumentou 11,4%. Já em 30 dias a alta acumulada é de 34,5%.

Relação melhor
O preço médio do frango vivo foi de R$ 1,59 por quilo em setembro, diz o analista José Carlos Teixeira. Esse valor dá uma pequena margem de folga para os produtores, que tiveram custo de R$ 1,21. Já o Procon registrou R$ 2,51 por quilo no varejo de São Paulo no final de setembro, apenas 5% mais do que em dezembro de 2002.

Peso na inflação
Outro produto que também vem subindo e já começa a aparecer nos índices de inflação são os suínos. Devido à oferta restrita de animais para abate, a arroba já chega a ser negociada a R$ 47 em algumas praças paulistas. Se considerado o preço médio de R$ 46 de ontem, o produto acumula alta de 39,5% em 30 dias.

Boi gordo
O boi não registra as elevadas alterações de preços do frango e dos suínos porque já tinha antecipado esses aumentos. Desde o início da segunda quinzena de setembro, a arroba de boi certificado é negociada a R$ 60. Há um ano, estava em R$ 52 (boi não certificado).

Café real
O rei e a rainha da Noruega, Harald e Sonja, têm encontro com exportadores de café, em São Paulo, na próxima quarta-feira. O Brasil é o maior fornecedor de café para a Noruega, diz o Cecafé. Bom para os brasileiros, porque a Noruega tem o terceiro maior consumo per capita mundial de café.

À espera do Usda
O mercado recebeu novas estimativas de produção de soja nesta semana. Algumas indicam safra abaixo de 70 milhões de toneladas; outras, próxima dos 71,9 milhões do Usda. Com isso, o mercado espera com ansiedade os novos dados do Usda na segunda semana deste mês. No Brasil, a saca de soja futura chegou a US$ 13.

Controle nas exportações
Os norte-americanos querem impor cotas de exportação de soja nesta safra. Isso porque os números do país não fecham. As previsões são de exportações de 31 milhões de toneladas e esmagamento de outros 46 milhões. A produção deve ficar próxima de 70 milhões de toneladas.

Caminho inverso
O milho continua com preços fracos e maior oferta. A saca perdeu R$ 0,70 nos últimos dias, caindo para R$ 15,80 a R$ 16 nos negócios de lote para R$ 14,50 a R$ 15,20 nos valores pagos aos produtores do norte do Paraná.

Procura fraca
A pior situação é vivida pelos produtores de trigo, diz o analista José Pitoli, de Cornélio Procópio (PR). A tonelada de trigo permanece em R$ 430, mas não há compradores. Alguns produtores são obrigados a vender milho para cobrir custos, já que não aceitam oferta pelo trigo.

Início de colheita
Os produtores gaúchos iniciam a colheita de trigo em alguns dias. A Emater/RS indica que 2% das lavouras estão prontos para colheita. Os triticultores ainda contabilizam as perdas provocadas pelas geadas, que devem ficar em 5%, em média, no Estado.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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