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Argentina tem 40 meses de déficit com Brasil
Saldo comercial negativo acumulado pelo país vizinho é de US$ 2,9 bilhões entre janeiro e setembro
BRUNO LIMA
DE BUENOS AIRES
O intercâmbio comercial entre o Brasil e a Argentina completou em setembro 40 meses
de saldo negativo para os argentinos.
De acordo com estudo da
consultoria abeceb.com, de janeiro a setembro o Brasil acumulou um saldo comercial positivo de US$ 2.931 milhões
com seu maior parceiro no
Mercosul.
O saldo negativo para a Argentina se deve sobretudo às
compras de produtos industrializados.
Em setembro, foram US$
324 milhões negativos para a
Argentina, mas esse número
significou a redução de 10,7%
com relação a setembro do ano
passado.
A queda foi de 23,6% com relação a agosto, mês em que o
déficit comercial da Argentina
com o Brasil atingiu seu valor
mensal mais elevado na história (US$ 424 milhões), superando pela primeira vez a faixa
dos US$ 400 milhões.
A redução no mês passado
aconteceu sobretudo pelo aumento das compras do Brasil,
que cresceram 18,8% na comparação entre setembro de
2005 e setembro de 2006.
A Argentina aparece como o
principal compradora de celulares, autopeças e veículos de
carga brasileiros e como o segundo comprador de automóveis, motores para veículos e
também calçados.
O déficit é ainda mais grave
para a Argentina, sobretudo se
forem levados em conta somente os produtos mais "modernos", aqueles com maior nível de tecnologia incorporada.
China
A vizinha Argentina continua disputando com a China o
segundo lugar no ranking dos
maiores provedores do mercado brasileiro.
Em setembro, a China voltou
a ultrapassar a Argentina e ganhou outra vez a segunda posição. Na liderança estão os EUA.
Do lado argentino, o acelerado crescimento das importações de produtos chineses também impede que o déficit com o
Brasil seja ainda maior.
Entre 1999 e 2005, as compras que a Argentina fez da China quase triplicaram -no mesmo período, a entrada de produtos brasileiros cresceu somente 82,4%.
Segundo o estudo, a Argentina substituiu importações de
vários produtos brasileiros por
equivalentes chineses.
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