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CRISE ASIÁTICA
Pelo acordo com FMI, país irá receber ajuda de US$ 55 bilhões, divididos entre vários países e organismos
Socorro à Coréia é o maior da História
da Redação
A Coréia do Sul e o FMI (Fundo
Monetário Internacional) chegaram a um acordo ontem em que o
país receberá US$ 55 bilhões. É o
maior socorro financeiro da História -a ajuda ao México concedida em 95 chegou a US$ 48 bilhões.
As negociações levaram dez dias.
Além do FMI, o dinheiro virá de
organismos multilaterais e de parceiros comerciais sul-coreanos.
O FMI irá desembolsar US$ 21
bilhões em três anos. O Banco
Mundial deverá entrar com US$ 10
bilhões, enquanto o Banco de Desenvolvimento da Ásia terá de gastar US$ 4 bilhões.
O ministro das Finanças do Japão, Hiroshi Mitsuzuka, anunciou
ontem que o país irá enviar US$ 10
bilhões. Segundo o FMI, os EUA
irão desembolsar US$ 5 bilhões.
Alemanha, França, Canadá,
Austrália e Reino Unido também
irão participar do programa.
O governo da Coréia do Sul se
comprometeu a rever as previsões
de crescimento do PIB em 98, reduzir o déficit em conta corrente
em 98 e 99 e a reestruturar o sistema financeiro. Subsídios às exportações e restrições às importações
deverão ser eliminados.
O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA),
Alan Greenspan, disse que a função do FMI é ajudar na resolução
dos problemas do sistema bancário de países em desenvolvimento.
Para Greenspan, países em dificuldades financeiras deveriam parar de culpar a competição externa
e aceitar ajuda do FMI.
Greenspan afirmou que os países
devem ficar alertas aos seus níveis
de reservas internacionais, para
não sofrerem possíveis efeitos de
uma crise global. Para ele, os países asiáticos levaram tempo demais para descobrir os efeitos negativos da globalização.
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