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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa tem recorde histórico de negócios
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
deu prosseguimento ontem ao
período de euforia iniciado em
novembro: bateu o recorde histórico de negócios e registrou o
maior volume do ano.
A Bovespa encerrou o pregão
com uma alta 1,37%, com 14.408
pontos. O volume financeiro
atingiu R$ 1,256 bilhão, resultado
de 28.226 negócios realizados.
A Bolsa paulista não registrava
tantos negócios desde o dia 4 de
abril deste ano, quando ocorreram 27.601 operações.
O volume negociado é o maior
do ano, sem levar em conta os
pregões que abrigaram privatizações e exercícios de opções.
O entusiasmo do mercado é
atribuído por analistas às boas
notícias nos cenários interno e
externo. A queda da cotação do
dólar e a percepção de que a inflação vai cair em dezembro têm
estimulado os investidores.
Além disso, continua ocorrendo a migração de investimentos
dos fundos de renda fixa, que
têm oferecido taxas de rentabilidade menos atraentes.
A alta forte da Bolsa de Nova
York também aumentou o otimismo do mercado. O índice
Dow Jones subiu 2,24%, estimulado pela divulgação da taxa de
desemprego nos EUA.
Agradou ainda o resultado dos
ganhos por hora trabalhada, que
subiram 0,1% em novembro,
contra uma alta esperada de
0,3%. A interpretação é que salários menores pressionam menos
a inflação e, por isso, reduzem a
possibilidade de elevação dos juros pelo Federal Reserve.
O leilão de moeda estrangeira
realizado ontem pelo BC ajudou
a derrubar ainda mais a cotação
da moeda norte-americana. O
dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 1,879, queda de 0,31%
em relação a anteontem.
O BC vendeu todo o lote de US$
800 milhões. A demanda superou
a oferta e atingiu US$ 1,432 bilhão. A queda da cotação chegou
a ser maior (a mínima foi de R$
1,873), mas perdeu o ritmo à tarde, por causa da redução da liquidez do mercado.
O euro também foi destaque no
exterior, já que foi cotado abaixo
de US$ 1 pela primeira vez desde
a sua criação. A moeda européia
fechou o dia cotada a US$ 1,0016,
após cair a 0,9978 pela manhã.
(MAURO TEIXEIRA)
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