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Custo de manter
automóvel sobe
11,3% em 2004
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
As altas nos preços da gasolina e do álcool foram as principais responsáveis pelo maior
gasto do consumidor com seu
carro em 2004. Segundo dados
da agência Autoinforme, a inflação do carro foi de 11,3% em
2004, acima dos 7,5% previstos
para a inflação do período.
Para chegar à variação do
custo de manutenção de um
veículo, a agência leva em conta produtos (combustível, óleo
e peças), serviços (alinhamento
e lavagem, entre outros) impostos e seguro, ponderando o
impacto de cada item -são
cerca de 30 analisados.
No ano passado, o item que
teve a maior alta, de 57%, foi o
álcool, que no início de 2004 estava com os preços reduzidos.
Em seguida vem reposição de
lona de freio (52,6%), amortecedores (44,9% a mais), filtro
de combustível (40,8%) e óleo
de motor (37,2%).
O aumento da gasolina foi de
9,1%, mas, como o peso do
combustível é praticamente
metade da inflação do carro, o
impacto acaba sendo maior.
Os itens que ficaram mais baratos para o consumidor se
concentraram no setor de serviços: a lavagem caiu 17,3%, a
mão-de-obra em oficinas,
8,3%, e o alinhamento, 6,7%.
Ministério Público
O Ministério Público Estadual ingressou com ação civil
pública para impedir as montadoras de impor às concessionárias a obrigação de revender
exclusivamente peças "originais" -ou seja, adquiridas pela montadora e então entregues
às concessionárias.
A ação, iniciada em novembro de 2004, tem como alvo as
quatro principais montadoras
do país, Fiat, Ford, General
Motors e Volkswagen, e pede a
suspensão imediata da imposição, sob pena de multa diária
de R$ 200 mil.
O promotor de Justiça Giovane Serra Azul Guimarães afirma que em geral as fabricantes
de autopeças fornecem às
montadoras e a revendas independentes itens iguais, mas
com valores muito diferentes.
As peças são negociadas pelas
montadoras a preços superiores aos do mercado independente -as diferenças ficam
entre 88,3% e 619,76%.
O MPE quer impedir que as
montadoras coloquem nas peças preços superiores a 30% do
valor que pagam. Também
quer proibi-las de sugerir margem superior a 30% nas tabelas. "Essa limitação de margem
não só é viável conforme a legislação brasileira como há
precedente: o Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu
que uma rede de postos de gasolina de Brasília limitasse sua
margem de lucro em 25%."
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