São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2005

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Custo de manter automóvel sobe 11,3% em 2004

DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

As altas nos preços da gasolina e do álcool foram as principais responsáveis pelo maior gasto do consumidor com seu carro em 2004. Segundo dados da agência Autoinforme, a inflação do carro foi de 11,3% em 2004, acima dos 7,5% previstos para a inflação do período.
Para chegar à variação do custo de manutenção de um veículo, a agência leva em conta produtos (combustível, óleo e peças), serviços (alinhamento e lavagem, entre outros) impostos e seguro, ponderando o impacto de cada item -são cerca de 30 analisados.
No ano passado, o item que teve a maior alta, de 57%, foi o álcool, que no início de 2004 estava com os preços reduzidos.
Em seguida vem reposição de lona de freio (52,6%), amortecedores (44,9% a mais), filtro de combustível (40,8%) e óleo de motor (37,2%).
O aumento da gasolina foi de 9,1%, mas, como o peso do combustível é praticamente metade da inflação do carro, o impacto acaba sendo maior.
Os itens que ficaram mais baratos para o consumidor se concentraram no setor de serviços: a lavagem caiu 17,3%, a mão-de-obra em oficinas, 8,3%, e o alinhamento, 6,7%.

Ministério Público
O Ministério Público Estadual ingressou com ação civil pública para impedir as montadoras de impor às concessionárias a obrigação de revender exclusivamente peças "originais" -ou seja, adquiridas pela montadora e então entregues às concessionárias.
A ação, iniciada em novembro de 2004, tem como alvo as quatro principais montadoras do país, Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen, e pede a suspensão imediata da imposição, sob pena de multa diária de R$ 200 mil.
O promotor de Justiça Giovane Serra Azul Guimarães afirma que em geral as fabricantes de autopeças fornecem às montadoras e a revendas independentes itens iguais, mas com valores muito diferentes. As peças são negociadas pelas montadoras a preços superiores aos do mercado independente -as diferenças ficam entre 88,3% e 619,76%.
O MPE quer impedir que as montadoras coloquem nas peças preços superiores a 30% do valor que pagam. Também quer proibi-las de sugerir margem superior a 30% nas tabelas. "Essa limitação de margem não só é viável conforme a legislação brasileira como há precedente: o Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu que uma rede de postos de gasolina de Brasília limitasse sua margem de lucro em 25%."


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