São Paulo, quarta-feira, 05 de janeiro de 2005

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TERMÔMETRO

Brasil (90º lugar) perde pontos em carga fiscal e política monetária; Hong Kong lidera, diz estudo de fundação americana

Ranking de liberdade econômica rebaixa país

DA REDAÇÃO

O Brasil caiu dez posições no ranking mundial de liberdade econômica, ocupando em estudo deste ano o 90º lugar entre 155 países avaliados. A nota do país aumentou de 3,10 para 3,25, o que representa menor liberdade econômica, segundo relatório da americana Heritage Foundation.
O "2005 Index of Economic Freedom" do centro de pesquisas avalia, para cada país, 50 variáveis divididas em 10 categorias. Cada categoria, como carga fiscal ou intervenção do governo na economia, recebe uma nota de 1 a 5, sendo 1 a melhor nota a ser obtida. A média das dez categorias dá a nota do país, usada no ranking.
A avaliação do Brasil piorou no levantamento por causa dos quesitos carga fiscal e política monetária. A avaliação da carga fiscal foi de 2,5 para 3,0 pontos, e a da política monetária, de 3,0 para 4,0.
O Brasil tinha nota 3,46 em 2000 e melhorou seu desempenho de 2001 a 2003; em 2004, a nota subiu para 3,10, e, neste ano, para 3,25.
Segundo o relatório da Heritage Foundation, "apesar de reformas estruturais implantadas no governo de Fernando Henrique Cardoso, a economia [brasileira] ainda tem problemas estruturais que prejudicam a perspectiva de crescimento a longo prazo".
O documento também critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que o aumento do superávit primário atrapalha ainda mais o crescimento do país.

Hong Kong e Estados Unidos
Hong Kong foi novamente a campeã do ranking, considerada a economia mais livre do mundo, mas piorou em 0,1 ponto a sua avaliação. Mesmo assim, fica longe da segunda colocada, Cingapura: 1,35 contra 1,60 ponto no total.
Os EUA ficaram pela primeira vez fora do "top 10" das economias mais livres. A maior economia do mundo ficou em 12º lugar, atrás do Chile, que foi o país latino-americano com melhor classificação, em 11º lugar.
Na região da América Latina e do Caribe, 12 países melhoraram suas avaliações e 12 pioraram. A Heritage Foundation avalia no relatório que a região "continua sofrendo com políticas de mercado anti-liberdade".
A região tem três países classificados como economias "reprimidas" (Venezuela, Cuba e Haiti) e registra duas das dez maiores quedas na liberdade econômica em relação ao ano passado (Cuba e Haiti). O Chile é a única economia da América Latina e Caribe classificada como "livre".


Com agências internacionais

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