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TERMÔMETRO
Brasil (90º lugar) perde pontos em carga fiscal e política monetária; Hong Kong lidera, diz estudo de fundação americana
Ranking de liberdade econômica rebaixa país
DA REDAÇÃO
O Brasil caiu dez posições no
ranking mundial de liberdade
econômica, ocupando em estudo
deste ano o 90º lugar entre 155
países avaliados. A nota do país
aumentou de 3,10 para 3,25, o que
representa menor liberdade econômica, segundo relatório da
americana Heritage Foundation.
O "2005 Index of Economic
Freedom" do centro de pesquisas
avalia, para cada país, 50 variáveis
divididas em 10 categorias. Cada
categoria, como carga fiscal ou intervenção do governo na economia, recebe uma nota de 1 a 5, sendo 1 a melhor nota a ser obtida. A
média das dez categorias dá a nota do país, usada no ranking.
A avaliação do Brasil piorou no
levantamento por causa dos quesitos carga fiscal e política monetária. A avaliação da carga fiscal
foi de 2,5 para 3,0 pontos, e a da
política monetária, de 3,0 para 4,0.
O Brasil tinha nota 3,46 em 2000
e melhorou seu desempenho de
2001 a 2003; em 2004, a nota subiu
para 3,10, e, neste ano, para 3,25.
Segundo o relatório da Heritage
Foundation, "apesar de reformas
estruturais implantadas no governo de Fernando Henrique Cardoso, a economia [brasileira] ainda
tem problemas estruturais que
prejudicam a perspectiva de crescimento a longo prazo".
O documento também critica o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que o aumento do superávit primário atrapalha ainda
mais o crescimento do país.
Hong Kong e Estados Unidos
Hong Kong foi novamente a
campeã do ranking, considerada
a economia mais livre do mundo,
mas piorou em 0,1 ponto a sua
avaliação. Mesmo assim, fica longe da segunda colocada, Cingapura: 1,35 contra 1,60 ponto no total.
Os EUA ficaram pela primeira
vez fora do "top 10" das economias mais livres. A maior economia do mundo ficou em 12º lugar,
atrás do Chile, que foi o país latino-americano com melhor classificação, em 11º lugar.
Na região da América Latina e
do Caribe, 12 países melhoraram
suas avaliações e 12 pioraram. A
Heritage Foundation avalia no relatório que a região "continua sofrendo com políticas de mercado
anti-liberdade".
A região tem três países classificados como economias "reprimidas" (Venezuela, Cuba e Haiti) e
registra duas das dez maiores
quedas na liberdade econômica
em relação ao ano passado (Cuba
e Haiti). O Chile é a única economia da América Latina e Caribe
classificada como "livre".
Com agências internacionais
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