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Procura por "flex" deve seguir forte
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A forte demanda pelos automóveis bicombustíveis não deve ser
afetada pela recente disparada no
preço do álcool. Para especialistas
e na visão da indústria, o problema é pontual e a compra de um
carro modelo "flex" é realizada
com planos de obter uma economia a longo prazo.
De cada dez carros vendidos hoje no país, sete aceitam gasolina e
álcool e esse mercado só cresce, de
forma quase ininterrupta, desde o
início de 2004. Mesmo em novembro e dezembro, meses em
que o preço do álcool voltou a subir com o início da entressafra, a
demanda continuou elevada, informam as indústrias.
Segundo Rafael Schechtman,
diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura) e professor
da UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro), a elevação no
valor cobrado pelo álcool não deve ter influência no mercado
"flex" principalmente pelo fato de
que não se paga mais pela tecnologia. "Para certos modelos de
carros, só há o bicombustível",
diz o especialista.
Um exemplo é o Gol Power
2006, da Volkswagen, vendido
apenas no "flex", por R$ 33.321
(média) no comércio virtual pela
internet. No caso do Palio Fire 1.0
(básico), há o modelo "flex" e a
gasolina. O primeiro sai por R$
23.990, em média, e o segundo,
por R$ 23.630 -uma diferença
de apenas 1,5% a mais no caso do
bicombustível.
"Já era conhecido o risco de subida no preço do combustível,
mas isso é algo temporário, que
deve voltar a se normalizar dentro
de poucos meses, com o momento de colheita da cana", afirma
Schechtman.
De janeiro a novembro, foram
vendidos 755,8 mil carros modelo
bicombustível no país -volume
62,3% superior aos 284,5 mil do
mesmo intervalo em 2004. Só em
novembro, foram 104 mil unidades, número recorde para um
mês.
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