|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VEÍCULOS
Reajuste médio é de 4,1% em janeiro; em fevereiro, deve haver mais aumento
Preço de carro tem maior alta desde 99
CLÁUDIA TREVISAN
RÔMULO NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Os consumidores ainda não assimilaram o reajuste médio de
4,1% dos carros em janeiro, e algumas montadoras já divulgaram
novos aumentos para fevereiro. O
percentual do mês passado representou a maior remarcação mensal desde agosto de 1999, segundo
levantamento de preços realizado
pela Agência AutoInforme.
Desde ontem, os preços de toda
a linha Fiat estão em média 2%
maiores. A montadora distribuiu
comunicado no qual afirma que o
aumento complementa o reajuste
de 3% adotado em janeiro. A Toyota deve anunciar hoje elevação
de 3,0% a 3,5% nos preços da linha Corolla, que tiveram alta semelhante em janeiro.
Não há posição oficial das demais montadoras, mas a Folha
apurou que o mercado espera que
outras marcas elevem seus preços
na próxima semana.
O reajuste de 4,1% de janeiro é o
maior para um único mês desde
que a AutoInforme começou a
acompanhar os preços finais ao
consumidor, em 99. Cláudio de
Simone, coordenador da pesquisa, lembra que em todo o ano de
2003 a alta média foi de 5,3%.
Os preços poderão ter novo reajuste em março se o governo não
prorrogar o acordo que reduz o
IPI na fabricação de veículos, que
termina no dia 29. "Se o acordo
não for mantido, os preços sobem
3% no dia 1º de março", afirma
Roberto Rodrigues Fiuza, presidente da associação das concessionárias Peugeot.
As montadoras afirmam que
seus custos cresceram no segundo semestre de 2003, quando estavam impossibilitadas de fazer reajustes em razão do acordo. Um
dos compromissos assumidos pelo setor foi a manutenção de preços até 31 de dezembro.
Além do reajuste salarial médio
de 18% concedido em novembro,
as montadoras apontam a alta no
preço do aço como uma das principais razões para as remarcações.
Ainda não está claro qual será o
impacto para o setor da mudança
na Cofins, cuja alíquota passou de
3% para 7,6%. A Anfavea afirma
que ainda estão sendo realizados
estudos sobre o assunto.
A alta de preços de janeiro coincidiu com a queda nas vendas de
9,7% em relação a dezembro e de
37,4% na comparação com janeiro de 2003, segundo dados da Fenabrave (entidade que representa
as concessionárias).
Nas revendedoras, a troca da linha 2003 pela 2004 é apontada como razão para os reajustes.
Texto Anterior: Volta do dragão: Inflação perde fôlego e recua em São Paulo Próximo Texto: Imposto de renda: Receita limita declaração em ficha de papel Índice
|