São Paulo, terça-feira, 05 de março de 2002

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Pedidos de falência crescem 53%

DE BUENOS AIRES

Os pedidos de falências e concordatas na Argentina continuaram fortes no mês passado. Foram 283 pedidos registrados nos tribunais comerciais da capital federal. Essa cifra foi 53% maior do que o número de casos registrados em fevereiro do ano passado.
O setor de construção civil foi o que apresentou o maior número de pedidos de falências e concordatas no mês, com 52 casos. O número é reflexo da paralisação da construção civil no país, que viu sua atividade despencar 44,2% em janeiro.
A aprovação da Lei de Falências e Concordatas no mês passado, que proíbe a execução judicial pelo prazo de 180 dias, não intimidou os argentinos, que continuaram a entrar na Justiça.
No ano passado, o número de pedidos de falências e concordatas nos tribunais comerciais argentinos foi o maior desde 1996. Os 2.300 casos registrados no ano passado representaram cerca de US$ 4 bilhões.
Desde agosto do ano passado, quando a crise no país se agravou, o número de pedidos de concordatas e falências nunca foi inferior a 250 por mês.

Comércio fecha vagas
A Federação de Câmaras e Centros Comerciais argentina anunciou ontem que em fevereiro fechou pelo menos 23,5 mil pontos comerciais em todo o país. No mesmo período, a queda nas vendas chegou a 80%.
Segundo os dados da entidade, Buenos Aires concentrou 65% dos pontos comerciais fechados. Em janeiro, outros 25 mil pontos comerciais haviam fechado suas portas.
A entidade afirma que o preço no atacado foi um dos grandes vilões para o péssimo resultado do setor. Os preços no atacado teriam fechado o mês com alta superior a 10%.

Inflação
O governo anuncia hoje o resultado da inflação de fevereiro. Depois de falar em alta de 7% nos preços aos consumidores, o governo passou a estimar uma elevação de 4% no período. Consultorias afirmam que os preços em fevereiro devam ter subido entre 6% e 7%.



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