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Pedidos de falência crescem 53%
DE BUENOS AIRES
Os pedidos de falências e concordatas na Argentina continuaram fortes no mês passado. Foram 283 pedidos registrados nos
tribunais comerciais da capital federal. Essa cifra foi 53% maior do
que o número de casos registrados em fevereiro do ano passado.
O setor de construção civil foi o
que apresentou o maior número
de pedidos de falências e concordatas no mês, com 52 casos. O número é reflexo da paralisação da
construção civil no país, que viu
sua atividade despencar 44,2%
em janeiro.
A aprovação da Lei de Falências
e Concordatas no mês passado,
que proíbe a execução judicial pelo prazo de 180 dias, não intimidou os argentinos, que continuaram a entrar na Justiça.
No ano passado, o número de
pedidos de falências e concordatas nos tribunais comerciais argentinos foi o maior desde 1996.
Os 2.300 casos registrados no ano
passado representaram cerca de
US$ 4 bilhões.
Desde agosto do ano passado,
quando a crise no país se agravou,
o número de pedidos de concordatas e falências nunca foi inferior
a 250 por mês.
Comércio fecha vagas
A Federação de Câmaras e Centros Comerciais argentina anunciou ontem que em fevereiro fechou pelo menos 23,5 mil pontos
comerciais em todo o país. No
mesmo período, a queda nas vendas chegou a 80%.
Segundo os dados da entidade,
Buenos Aires concentrou 65%
dos pontos comerciais fechados.
Em janeiro, outros 25 mil pontos
comerciais haviam fechado suas
portas.
A entidade afirma que o preço
no atacado foi um dos grandes vilões para o péssimo resultado do
setor. Os preços no atacado teriam fechado o mês com alta superior a 10%.
Inflação
O governo anuncia hoje o resultado da inflação de fevereiro. Depois de falar em alta de 7% nos
preços aos consumidores, o governo passou a estimar uma elevação de 4% no período. Consultorias afirmam que os preços em
fevereiro devam ter subido entre
6% e 7%.
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