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MERCADO FINANCEIRO
Possível rompimento entre PFL e PSDB causa tensão pela manhã, mas negócios se recuperam à tarde
Otimismo continua, apesar da crise política
DA REPORTAGEM LOCAL
As notícias políticas pré-eleitorais começaram a ter algum peso
para as operações no mercado financeiro ontem.
Um possível rompimento entre
PSDB e PFL levou certo nervosismo para os investidores pela manhã, embora os indicadores tenham se recuperado à tarde.
A instabilidade vem da crise detonada pela operação de busca e
apreensão, realizada pela Polícia
Federal em São Luís, de papéis da
empresa Lunus, da governadora
do Maranhão, Roseana Sarney, e
de seu marido, Jorge Murad.
Durante boa parte do dia, o dólar oscilou bastante -entre alta
de 0,68% e queda de 0,77%. A
moeda norte-americana fechou
em baixa de 0,60%, a R$ 2,33, seu
menor valor em dois meses.
Houve notícias de que Bradesco, Vale do Rio Doce e Varig teriam fechado operações de captações. O mercado também já começa a repercutir antecipadamente a expectativa de ingresso
de recursos, com a possível compra da Kaiser pela Molson. A
aquisição da Garoto pela Nestlé
ainda estimula o mercado.
A Bovespa também teve um dia
de forte oscilação. Pela manhã,
chegou a se desvalorizar em mais
de 2%. Mas, no fim da tarde, estimulado pelas altas das Bolsas norte-americanas, o Ibovespa encerrou o dia em leve alta de 0,39%,
em 14.471 pontos. O volume negociado foi de R$ 716,714 milhões.
A Bolsa teme que a tensão entre
o PFL e o PSDB adie a votação, pelo Congresso, do fim da CPMF
para a compra de ações. Mas prevalece no mercado o otimismo
em relação ao bom cenário macroeconômico atual.
Soma
A compra da Soma (Sociedade
Operadora do Mercado de Ativos) pela Bovespa deverá ser
anunciada hoje, quando acaba o
prazo dado pela Bolsa aos acionistas da Soma para aderirem à
oferta de compra dos títulos. O
negócio é estimado em cerca de
R$ 1,5 milhão.
A Soma iniciou suas operações
em novembro de 1996, com o objetivo de implantar no país o mercado eletrônico de ativos e facilitar o acesso de pequenas e médias
empresas ao mercado acionário
brasileiro. Esse mercado de balcão organizado (ações de empresas não-registradas nas Bolsas
tradicionais) funciona no Rio.
(ANA PAULA RAGAZZI)
Com a Folha Online
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