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Fiscalização de bancos não impede fraudes
DA REPORTAGEM LOCAL
Fraudes como a do Santander
não são privilégio do Brasil. Segundo fontes do mercado financeiro, são comuns no mundo inteiro. De acordo com um consultor com trânsito no Banco Central, na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e em Bolsas, não
há como as autoridades fiscalizarem todas as operações.
"O BC, principalmente, tem feito um bom trabalho no sentido de
criar mecanismos de controle sobre o mercado financeiro, mas é
impossível fiscalizar tudo. Nem
aqui nem lá fora as autoridades
conseguem fechar todas as brechas", diz. "Só no Brasil há cerca
de 1.800 instituições financeiras."
Procurado pela Folha para falar
sobre o caso Santander e a fiscalização no sistema financeiro, o BC,
por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a instituição não está se pronunciado sobre a fraude e que a diretora Tereza Grossi, que poderia falar sobre
fiscalização, está fora do país.
As principais vítimas dos golpes
financeiros costumam ser empresas, fundos de pensão, cotistas de
fundos de investimentos e as próprias instituições financeiras.
Para quem não é do meio financeiro, orienta um consultor, o caminho para se proteger de fraudes
é fiscalizar as operações feitas
com instituições financeiras,
questionar eventuais perdas em
aplicações, pedir a composição da
carteira de fundos de investimentos e desconfiar de taxas de serviços e corretagem muito baixas.
Outra dica, no caso de empresas, é ficar atento aos funcionários
que negociam com as instituições
financeiras. Muitas das falcatruas
são feitas em parcerias com eles.
Às instituições financeiras, caberia denunciar os casos quando são
descobertos, para não perpetuar
esse tipo de crime.
Há quem diga no mercado financeiro que, embora as fraudes
sejam corriqueiras, elas não geram prejuízos expressivos para os
clientes das instituições financeiras. Isso porque quase sempre são
fechadas dentro de valores de
mercado. Ou seja, o cliente iria
pagar pela operação ou serviço,
com ou sem fraude, o mesmo valor. O que variaria é para quem vai
o lucro.
(IC)
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