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Justiça deixa bens de Canhedo indisponíveis
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza Renata Lotufo, da 2ª Vara de Execuções Fiscais da Justiça
Federal, concedeu liminar anteontem que tornou indisponíveis os bens de Wagner Canhedo,
presidente da Vasp. A decisão foi
resultado de uma ação movida
pelo INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), com quem a companhia aérea tem uma dívida estimada em R$ 820 milhões.
De acordo com informações do
Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, a medida se estende a 14
empresas que estão no nome do
empresário. A partir dessa liminar, Canhedo não pode vender ou
transferir os ativos de suas empresas. O INSS move outras duas
ações para pedir a penhora dos
bens do empresário.
Outros credores estão acompanhando de perto a movimentação
que envolve o patrimônio de Canhedo. Os advogados da GE, por
exemplo, para quem a Vasp deve
cerca de R$ 60 milhões, estão analisando a liminar para avaliar se
algum bem citado já foi penhorado pela empresa em outra ação.
Os credores movem esse tipo de
ação para evitar que a empresa
não pague suas dívidas.
A Vasp pode recorrer da liminar concedida pela juíza da 2ª Vara de Execuções Fiscais. De acordo com a assessoria de imprensa
da empresa, a companhia aérea
não fala de assuntos que estão
correndo na Justiça.
No dia 2 de março do ano passado, Canhedo teve sua prisão decretada pela Justiça devido a dívidas com a Previdência Social. Canhedo foi acusado pelo INSS de
ser depositário infiel: a empresa
teria descontado a contribuição
previdenciária dos funcionários,
mas deixou de repassar os valores
à Previdência Social.
Na época, foi divulgado que essa
dívida superaria R$ 65 milhões.
Em nota, na época, a Vasp contestou esse valor, dizendo que 90%
do montante já estaria incluído
no Refis, programa de refinanciamento de dívidas do governo.
O empresário, entretanto, foi libertado alguns dias depois, após
seus advogados conseguirem um
habeas corpus no STJ (Superior
Tribunal de Justiça).
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